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Municípios com capacidade para lidar com desastres podem ser exemplo e contribuir com outras cidades

A capacidade de se adaptar, prever e se preparar para desastres naturais, adquirindo conhecimento de eventos passados e criando planos de ação para o futuro, são algumas das habilidades das cidades resilientes, com capacidade para lidar com desastres. O tema esteve em pauta no quadro “Bate-Papo com a Defesa Civil” desta quinta-feira (27), com foco na construção de uma rede de suporte regional a partir das cidades resilientes.

Com mediação do coordenador de projetos da Defesa Civil Nacional, Luís Felipe Lins, e participação de convidados e especialistas na área, o evento teve início com uma explicação sobre o tema principal. “A construção de uma rede de suporte regional a partir das cidades resilientes reúne municípios que compartilham a necessidade urgente de se preparar para os desastres. O nosso papel é fortalecer essa rede e criar intercâmbios entre os municípios para que possam trocar experiências, ideias, boas práticas e os desafios encontrados na elaboração das ações de resiliência”, afirmou o Oficial de Programas UNDRR-MCR2030, Clément da Cruz.

O município de Barcarena, no Pará, é reconhecido como cidade resiliente. Em setembro de 2023, Barcarena recebeu o certificado de HUB de Resiliência da iniciativa “Construindo Cidades Resilientes 2030” (Making Cities Resilient 2030 – MCR2030). Os HUBs são cidades que contam com experiências inspiradoras na construção da resiliência a desastres com o comprometimento de apoiar outros municípios menos avançados.

No evento, a assessora de gabinete da Prefeitura de Barcarena, Patrícia Menezes, falou sobre o assunto. “Ser uma cidade resiliente não significa que o município nunca mais vai sofrer com um desastre, que mitigou todos os riscos e que não há mais nenhum problema na cidade. Cidades resilientes são aquelas que demonstram estar avançando no caminho rumo à resiliência e assumindo um determinado protagonismo no tema. O que Barcarena fez, por exemplo, foi começar a promover a agenda de redução de risco na Amazônia, destacando as nossas dificuldades e as especificidades da região, mas também dando um olhar diferenciado para a gestão de risco”, completou.

O diretor da Defesa Civil de Campinas (SP) e coordenador da HUB de Resiliência MCR 2030, Sidney Furtado, também participou do bate-papo. “A cidade de Campinas teve uma situação muito adversa no século passado, quase foi dizimada por causa da febre amarela. A vontade de se recuperar, de ressurgir, é levada muito a sério na cidade, tanto que a bandeira do município tem uma fênix (ave que simboliza o renascimento). Em 2003, fomos atingidos por uma grande inundação e tivemos noção da ineficiência do sistema de defesa civil naquele momento”, contou.

Sidney destacou que os eventos ajudaram a cidade a apostar na prevenção. “Houve a necessidade de uma revisão. Fizemos um trabalho de prospecção do cenário para cinco e dez anos com vários técnicos e especialistas para tentar sair de uma posição reativa para a preventiva. O resultado ao longo dos anos é bastante positivo, com a diminuição das áreas de risco na cidade e reestruturação de todo o sistema de gestão de comunicação interna. Hoje, nenhuma ocorrência pode acabar na Defesa Civil, todo o sistema é on-line, gravado e precisa ser passado para outras secretarias do município”, concluiu.

Este foi o 25º Bate-Papo com a Defesa Civil. O evento é realizado todos os meses, com transmissão pelo canal do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) no YouTube.<\/a>

Fonte: MIDR

Este foi o 25º Bate-Papo com a Defesa Civil. O evento é realizado todos os meses, com transmissão pelo canal do MIDR no YouTube.Este foi o 25º Bate-Papo com a Defesa Civil. O evento é realizado todos os meses, com transmissão pelo canal do MIDR no YouTube.

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