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Mulher é condenada a 22 anos de prisão pela morte do marido dentro de casa em Boa Esperança

 

O Tribunal de Júri coordenado pelo juiz Charles Henrique Farias Evangelista, condenou a 22 anos de prisão, Jessica Donazzolo, pela morte do marido dela, o pedreiro Jones Barreto, de 33 anos, no dia 27 de maio de 2022, dentro de casa, no bairro Vila Tavares, em Boa Esperança, no Noroeste do Espírito Santo. A informação é do repórter Wilson Rodrigues.

A decisão foi tomada nesta quarta-feira (13), em julgamento realizado no fórum do município. Além de Jéssica, Luana dos Santos Karsten foi condenada a 14 anos e 03 meses de prisão, que se entregou à polícia e confessou participação no crime. Jéssica e Luana seguirão presas em regime fechado. José Juliano Ferreira Santos foi absolvido e não deve nada à Justiça.

De acordo com a sentença, Jessica Donazzolo e Luana dos Santos Karsten foram condenadas pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e mediante dificuldade de defesa da vítima. Foi considerado como qualificadora para aumentar a pena de Jéssica, o fato de ela ser a companheira da vítima.

  • Luana dos Santos Karsten: segundo a sentença, o grau de reprovabilidade da conduta da acusada é elevado, distanciando-se daquele inerente ao próprio tipo penal, uma vez que foi a responsável por estabelecer contato com a pessoa que efetivamente efetuou os disparos contra a vítima. Destaca-se que planejaram de forma orquestrada a morte da vítima, com ao menos duas manobras de atos preparatórios;
  • Jessica Donazzolo: segundo a sentença, o grau de reprovabilidade da conduta da acusada é elevado, distanciando-se daquele inerente ao próprio tipo penal, uma vez que foi a responsável por abrir o imóvel e comunicar o momento oportuno para a empreitada criminosa. Destaca-se que planejaram de forma orquestrada a morte da vítima, com ao menos duas manobras de atos preparatórios; as consequências do crime foram graves, deixando a acusada filhos menores ao desamparo materno, inclusive, um deles com agravamento de problemas psicológicos, o qual necessitou de internação e abrigamento institucional;

Segundo a Polícia Militar, no dia do crime, a vítima, Jones Barreto, dormia na sala do imóvel, quando foi assassinado. A mulher (Jéssica) alegou que dormia no quarto, ao lado com os filhos e que, por volta das 2h, ao se levantar para ir ao banheiro, ouviu os disparos. Disse, ainda, que viu uma pessoa pulando o muro da residência, mas não soube identificar o suspeito, nem apontar quem poderia ter cometido o crime. A investigação apontou participação ativa de Jéssica no crime, resultando em sua condenação nesta quarta-feira (13).

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