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Casagrande destaca programas capixabas sobre mudanças climáticas na Horasis 2024

Foto: Cloves Louzada O plano de prevenção a desastres climáticos, o programa Reflorestar, a política de geração de energias renováveis e a universalização do saneamento...

Horasis 2024 aponta: inovação e novas lideranças são apostas para mundo mais sustentável

Representantes dos príncipais paises do continente debatem nesta manhã a integração econômica da América so Sul na 8a edição da Horasis Global Meeting,  realizado pela primeira vez na América Latina.

O envolvimento e a capacitação de lideranças jovens, as estratégias de ESG, o uso da tecnologia para o desenvolvimento de produtos e negócios e a construção de ações para a proteção do meio ambiente foram temas abordados durante o segundo dia do Horasis Global Meeting, um dos principais eventos mundiais que debate sustentabilidade, inovação e liderança.

Realizado na Cidade da Inovação do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), em Vitória (ES) desde sexta-feira (25), o encontro conta com mais de 800 congressistas, como o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, o presidente da Cesan, Munir Abud de Oliveira, Paul Clements Hunt, conhecido por ter coordenado a equipe da Organização das Nações Unidas (ONU) que criou o conceito ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), e o presidente e fundador do Horasis, Frank-Jürgen Richter. Para este domingo (27), foram disponibilizadas 300 vagas destinadas ao público em geral, com inscrição por meio do link https://bit.ly/HorasisGlobalMeeting_27deOutubro.

Apesar de o ESG ser debatido há décadas, a presidente honorária do Club de Rome, Mamphela Ramphele, declarou que ainda faltam ações práticas no mundo. Na plenária “Desenvolvendo o ESG além da cadeira de valor”, deste sábado (26), ela também destacou que existe um movimento de inserção de práticas ESG nos negócios e também nas vidas pessoais. Segundo ela, o envolvimento de jovens lideranças será importante para o futuro do planeta.

O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo, Felipe Rigoni, reforçou a missão, como instituição pública, de equilibrar o desenvolvimento com ações e políticas de ESG, como o plano de descabornização do Governo do Estado, a ser implementado em 20 anos. “Não é possível pensar o mundo com empresas que não estão conectadas com essas práticas. E, para isso, precisamos de governança”, reforçando que o custo de agir sempre é mais barato do que o custo do não agir.

No painel “Desenvolvendo líderes para o futuro”, representantes de institutos também debateram o desenvolvimento de jovens lideranças, além da criação de redes estratégicas para fortalecer o impacto social. Houve ainda diálogo sobre parcerias e formas de captação de recursos entre instituições e empresas, com dicas para conquistar contratos de longo prazo e fundos internacionais. A importância de desenvolver cada vez mais a liderança feminina e a capacitação em pautas ESG também foram mencionadas.

O Instituto Ponte, representado por Bartira Almeida, cofundadora e presidente da entidade, apresentou uma visão transformadora para jovens de baixa renda. Bartira destacou que a ascensão social só é possível quando se amplia o horizonte dos jovens com educação de qualidade e parcerias estratégicas. “Com propósito, tudo vale a pena”, declarou Bartira, reforçando a ideia de que cada um pode impactar a vida do outro muito mais do que imagina.

Preservação e investimentos em recursos hídricos

A urgência de preservar e investir em recursos hídricos foi tema central da plenária “Sem água, sem negócios”, com especialistas em sustentabilidade, saneamento e gestão ambiental. O Espírito Santo foi muito mencionado por se destacar no cenário nacional e global como um modelo de sucesso em gestão hídrica, investindo em soluções inovadoras que garantem segurança e sustentabilidade no uso da água.

Para Luana Pretto, CEO do Instituto Trata Brasil, engajar a sociedade é um passo essencial para preservar a água e melhorar a qualidade de vida. “Ainda temos 32 milhões de brasileiros sem acesso à água tratada, e isso precisa mudar”, afirmou. Segundo ela, cerca de 37,8% da água tratada se perde no Brasil entre as estações e o usuário final.

Veronica Sánchez da Cruz Rios, presidente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), defendeu a necessidade de investimentos robustos e coordenados em saneamento e gestão de recursos hídricos por meio de tecnologia. Segundo ela, “ao monitorar volumes e qualidade dos rios, possibilita-se alertas de inundações com até duas semanas de antecedência e controle de secas, medidas que garantem proteção aos recursos e mitigam impactos econômicos”.

A Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan) tem implementado projetos pioneiros como a estação de reúso de água, que permite que o esgoto tratado seja reutilizado na indústria, reduzindo a pressão sobre as reservas hídricas.

Munir Abud de Oliveira, presidente da Cesan, ressaltou os esforços do Espírito Santo para se tornar referência na segurança hídrica nacional. “Vitória ocupa posição de destaque entre as capitais brasileiras mais comprometidas para a universalização do saneamento básico e é hoje o maior exemplo da transformação que o Espírito Santo vem promovendo nas áreas sanitária e ambiental”.

Inovação e adaptação para uma economia sustentável

Especialistas e líderes também se reuniram para discutir como equilibrar inovação e adaptação em meio a transformações rápidas e complexas do mundo durante o painel “Navegando no Cenário da Mudança”. A conversa focou nos impactos ambientais, sociais e econômicos que acompanham a transição para uma economia sustentável.

Fábio Bertollo, presidente do ES Gás, destacou a importância da confiança mútua entre o setor público, privado e a sociedade civil para que a transição aconteça de forma eficaz. Segundo ele, o papel de cada um desses agentes é fundamental na criação de um ambiente propício à sustentabilidade.

“É essencial um planejamento estratégico que inclua inovação tecnológica, políticas públicas eficientes, incentivos financeiros e uma mudança cultural”, afirmou Bertollo. “Combinando essas forças, é possível criar um futuro no qual a sustentabilidade esteja integrada à vida cotidiana e ao desenvolvimento econômico, tornando o planeta mais equilibrado para as próximas gerações”.

Responsabilidade no uso da IA

Os humanos estão se tornando mais robotizados? Ou os robôs estão se tornando humanos? Essas foram as perguntas que deram início a um debate com a participação de seis lideranças na sessão “Conhecendo seus novos senhores da IA”.

Os participantes contaram algumas de suas experiências profissionais com o uso da Inteligência Artificial (IA), salientaram a importância da coerência, ética e a responsabilidade ao adotar a IA para fins industriais, militares, sociais e na gestão de pessoas, por exemplo. Todos foram unânimes ao destacar que a inovação humana está em cada vez mais veloz e o uso da IA deve ser administrada de maneira positiva e responsável, caso contrário, há um enorme risco de se perder o controle desta tecnologia.

Serviço:

Horasis Global Meeting

Data: 25 a 27/10 (sexta-feira, sábado e domingo)

Local: Cidade da Inovação – Ifes (Av. Anísio Fernandes Coelho, nº 1.260, Jardim da Penha, Vitória – ES).

Inscrição: https://bit.ly/HorasisGlobalMeeting_27deOutubro

Apresentação: Apex, Sicoob e Cesan

Realização: ES em Ação, Findes/Cindes e Horasis

Patrocínio: Banestes, ArcelorMittal, Vale, Bandes, CNI, ES Gás, Fetransportes, Grupo Águia Branca, Marca Ambiental e Suzano.

Apoio: Allemand, Espírito Madeira, Portocel, GVBus e Governo

Horasis 2024 aponta: inovação e novas lideranças são apostas para mundo mais sustentável