― Advertisement ―

spot_img

Confira as fotos do Prêmio SiteBarra Melhores do Ano 2024

Prêmio SiteBarra Melhores do Ano 2024: uma noite inesquecível em Barra de São Francisco Neste sábado, 07 de dezembro de 2024, Barra de São Francisco...

Com aumento de casos de dengue, cresce demanda por vacina na rede privada do DF e de MG

Com a alta de casos de dengue registrada no mês de janeiro, a procura pela vacina contra a dengue — a Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda —  na rede privada de saúde cresceu no Distrito Federal, unidade da federação mais afetada pela doença. 

Na rede de laboratórios Sabin, em Brasília, a vacinação com a Qdenga foi suspensa. Segundo o laboratório, o motivo foi a “alta procura da vacina e indisponibilidade de fornecimento pelo fabricante”. 

A médica especialista em Medicina Laboratorial e Imunização e sócia fundadora da VACSIM, de Belo Horizonte (MG), diz que a clínica também não tem mais doses. As 500 disponíveis no mês de janeiro foram aplicadas e a clínica não conseguiu reabastecer o estoque. Segundo a médica, a procura foi aumentando.

“A vacina foi lançada em junho, disponibilizada na rede privada em agosto de 2023. E a procura super tímida, muito lenta… E de repente dezembro transformou toda essa demanda e nós tivemos um aumento vultuoso da procura pela vacina de dengue — essa que está disponível no Brasil, a Qdenga.”

A vacina Qdenga possui em sua composição as quatro variantes do vírus causador da doença. O registro do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste 2023. A vacina é  recomendada para as pessoas  entre 4 a 60 anos e deve ser administrada em duas doses, com intervalo de três meses. Todas as pessoas, mesmo aquelas que já tiveram dengue, poderão receber a vacina.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o país já registrou 262.247 casos prováveis da doença em 2024. Também foram notificadas 29 mortes pela doença e 173 mortes estão sob investigação.

As regiões mais afetadas pela doença são: Sudeste e Centro-Oeste. Dentre as unidades da federação, Minas  Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro apresentam as maiores taxas de casos prováveis. 

Quanto custa a vacina da dengue?

Conforme levantamento realizado pelo Brasil 61, os valores da dose da vacina da dengue variam hoje de R$ 380 e R$ 470, ou seja, o esquema completo fica de R$ 792 a R$ 940.

Nas clínicas do grupo Fleury, presente em 12 estados e no Distrito Federal, o preço de cada dose varia de R$ 400 e R$ 470 — dependendo da região. 

Já nas clínicas Clivac, em Brasília, o imunizante contra a dengue está sendo comercializado entre R$ 396 e R$ 412. Na rede Neocentro, presente nas cidades de Uberlândia (MG), Curitiba (PR) e em Brasília (DF), o valor da vacina varia entre R$ 400 e R$ 450.

Em Belo Horizonte, o preço varia de R$ 380 a R$ 400 reais, com desconto à vista de 5%, ou parcelamento.

O servidor público Orlando Rodrigues de Almeida, de 42 anos, conta que adquiriu a vacina contra a dengue para o filho no ano passado. 

“A primeira dose ele tomou em setembro. Paguei R$ 428. A segunda dose, ele tomou em dezembro e eu paguei R$ 400. Estava um preço mais em conta. Tudo eu comprei no Sabin. Eu, inclusive, queria tomar também, mas deixei para tomar depois porque não deu para pagar para mim e para o meu filho, então eu priorizei meu filho”, relata.

Dengue no Brasil

O Ministério da Saúde prevê que a vacinação contra a dengue deve começar ainda durante o mês de fevereiro, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Conforme a pasta, 521 municípios de 16 estados e o Distrito Federal preenchem os requisitos para o início de vacinação. É estimado que cerca de 3,2 milhões de pessoas devam ser imunizadas neste ano. 

Além da vacinação, o Ministério da Saúde recomenda que medidas simples implementadas na rotina, possam ajudar na eliminação do mosquito. São indicadas as seguintes ações: evitar deixar água parada em recipientes ao ar livre (potes, garrafas ou outros recipientes que possam coletar água), cobrir adequadamente os tanques e reservatórios de água para manter os mosquitos afastados e evitar acumular lixo. 

O médico infectologista Fernando Chagas diz que a vacina surge como uma alternativa, já que não há um remédio específico para tratar a doença.

“Nós não temos medicamentos específicos contra o vírus da dengue. Então, as medidas que tomávamos sempre foram no sentido de controlar o vetor de transmissão, o mosquito Aedes aegypti. E combater um inseto com a capacidade de adaptação tão grande acaba sendo muito difícil. Por isso, sempre a gente acaba perdendo esta batalha”, explica. 

O infectologista explica que a vacina contra a dengue é uma estratégia que pode auxiliar no combate à doença e frear não só o avanço de número de casos, como também o número de mortes.

“A vacina acaba entrando com uma estratégia voltada diretamente contra o vírus, que se somada à estratégia que nós já temos contra o mosquito vetor, muito provavelmente a gente vai ter um impacto muito positivo, uma diminuição muito grande de não só novos casos, como também de mortes por dengue em todo o país nos próximos anos”, destaca.
 

<\/a><\/a><\/a><\/a>

Vacina contra a dengue tem alta procura na rede privada  Foto: Rogério Vidmantas / Prefeitura DouradosVacina contra a dengue tem alta procura na rede privada Foto: Rogério Vidmantas / Prefeitura Dourados

spot_img