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Sete personalidades são homenageadas com o Prêmio Benedito Meia Légua

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Direitos Humanos (SEDH), realizou nessa quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra, a cerimônia de premiação da 3ª edição do Prêmio Benedito Meia Légua. Foram homenageados sete personalidades negras que se destacam ou se destacaram, na luta quilombola e na promoção da igualdade racial. A cerimônia aconteceu no Salão São Benedito, em São Mateus. 

A secretária de Estado de Direitos Humanos, Nara Borgo, destacou a importância da premiação que conta com apoio da sociedade civil na indicação. “O Governo do Estado, por meio desta premiação, reconhece as personalidades que atuam de diferentes formas para que nossa sociedade seja mais justa, igualitária e, principalmente, antirracista”, afirmou.

A cerimônia contou também com a presença da secretária municipal de Cultura de São Mateus, Domingas dos Santos Dealdina; da presidente do Conselho Estadual de Promoção de Igualdade Racial do Estado (CEPIR) e gerente de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (CEPIR) da SEDH, Edineia Conceição de Oliveira; Adilson Alves dos Santos, vice-presidente do CEPIR, e da fundadora do Movimento Consciência Negra de São Mateus, Luzia Alves Santos. 

Confira a lista de homenageados:

Categoria: Luta Quilombola no Estado do Espírito Santo


Aurélia da Costa da Silva –
 moradora da comunidade Santa Luzia do Rio Preto, criou a Associação de Moradores Pequenos Produtores Rurais e Descendentes de Quilombola da Comunidade de Santa Luzia. A associação tem como objetivo organizar a comunidade na busca de melhorias, pela certificação da comunidade na Fundação Cultural Palmares, como comunidade Quilombola e a promoção de eventos visando fortalecer a cultura quilombola. A homenageada é uma importante produtora de beiju no município. Sua indicação se dá diante de tamanha resistência e luta por reconhecimento para a pequena comunidade alcançar seus direitos.  

Tânia Márcia Hora Ferreira – Com 53 anos, é uma mulher preta quilombola militante e umas das lideranças do Quilombo de Boa Esperança e Cacimbinha no município de Presidente Kennedy. Filha e neta de jongueiras, mulheres potentes, é formada em Pedagogia e está cursando Serviço Social.

Walkimar Bispo Rodrigues – Foi um dos precursores no reconhecimento da Comunidade de Povoação do Rio Doce Foz, que aconteceu no dia 5 de agosto de 2024. Iniciou a pesquisa de suas origens e fez o levantamento de tronco quilombola no Distrito de Povoação do Rio Doce Foz e devido a esse levantamento descobriu que muitos moradores do local eram parentes de escravos e quilombolas.

Categoria: Luta pela Promoção da Igualdade Racial no Estado do Espírito Santo


Luciana Souza (Baiana) –
 Se destaca pelo seu perfil combativo contra o racismo e por justiça social. Sua trajetória é marcada pelas transformações e impactos positivos em nossa cidade. Está Coordenadora do Coletivo FEPNES + e tem dedicado seu tempo e esforços para realização de ações de fortalecimento e empoderamento da população negra.

Sidrônio dos Santos (Mestre Sid) – Mestre em Capoeira Livre, ator teatral, artesão.  Iniciou sua vida artística na capoeira, em 1994, onde, além da capoeira, aprendeu a fazer e tocar os primeiros instrumentos de percussão, criou e desenvolveu projetos com assuntos da temática afro-brasileira como a Capoeira e o Maculelê que foram desenvolvidos no Sítio Histórico Porto de São Mateus, no norte do Estado. Pesquisador da História da Capoeira no Espírito Santo e das músicas tocadas durante as apresentações de capoeira é formado em Pedagogia pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com PÓS – EAD pela Faculdade Metropolitana.

Categoria: Luta pela Promoção da Igualdade Racial Nacional

Zezé Motta – Maria José Motta, a Zezé Motta, nasceu em Campos dos Goitacazes, no norte do Estado do Rio de Janeiro, em cinco (05) de setembro de 1944. A artista se destaca como cantora, atriz e ativista. Considerada uma das mais importantes artistas do país, é expoente da cultura afro-brasileira Zezé já ganhou inúmeros prêmios, incluindo um Troféu Candango pelo Festival de Brasília, e um Prêmio Air France, além de ter recebido indicações para três prêmios Grande Otelo e um Prêmio Guarani. Em 2019, ela recebeu o prêmio Grande Otelo Honorário.

Categoria: Luta pela Promoção da Igualdade Racial no Estado do Espírito Santo (In memoriam)

Maria Isabel Vicente – Quilombola de São Pedro – Ibiraçu, é oriunda de Cachoeiro de Itapemirim, militante atuante na luta pelo território e contra toda violação de direitos quilombolas.

 

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