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Sesa orienta sobre novas regras em triagem para a doação de sangue em meio ao cenário da dengue

O Ministério da Saúde, em Nota Técnica conjunta com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estabeleceu novas diretrizes para a doação de sangue a serem seguidas devido ao aumento de casos de dengue observado em todo País. Por meio da Nota Técnica Nº 5/2024, os órgãos orientam sobre como devem ser feitas as triagens de doadores de sangue. No Espírito Santo, as medidas já estão em funcionamento no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Espírito Santo (Hemoes) e nos Hemocentro Regionais de Colatina, Linhares, São Mateus e Serra.

“É importante ressaltar que essas novas determinações foram estabelecidas pelo Governo Federal, com o intuito de prevenir a transmissão do vírus da dengue por meio da transfusão sanguínea e garantir a segurança dos pacientes, e uma vez que fazemos parte da Hemorrede Pública do Brasil. Estamos obedecendo ao que normatiza a Anvisa e Ministério da Saúde, cumprindo a legislação no que tange a todas as orientações pertinentes a este momento”, ressaltou Marcela Murad, diretora-geral do Hemoes.

Segundo o documento, as orientações são baseadas em evidências científicas que indicam que há risco de transmissão do vírus da dengue por transfusão sanguínea (se uma pessoa receber sangue contaminado com vírus da dengue, há uma probabilidade de 38% de que ela seja infectada e que desenvolva a doença após a transfusão). Por isso, por precaução, pessoas que tiveram dengue ou tomaram a vacina, por exemplo, não podem doar sangue por um tempo, de acordo com os critérios abaixo:

– Pessoas que tiveram dengue comum devem aguardar 30 dias após a recuperação completa;

– Pessoas que tiveram dengue hemorrágica (dengue grave) devem aguardar 180 dias após a recuperação completa;

– Pessoas que tiveram contato sexual com pessoas que tiveram dengue nos últimos 30 dias deverão aguardar 30 dias após o último contato sexual;

– Pessoas que tomaram a vacina contra a dengue devem aguardar 30 dias após a vacinação.

Além disso, o documento reforça ainda que os serviços de hemoterapia devem ainda orientar os doadores caso estes tenham a doença logo após a doação de sangue. O doador deve informar ao serviço caso tenha resultado confirmado de dengue ou apresente sintomas como febre ou diarreia até 14 dias após a doação. A informação é necessária para que os serviços possam resgatar eventuais hemocomponentes em estoque e/ou acompanhar os pacientes, receptores do material.

Marcela Murad reforçou ainda a importância de a população se atentar às orientações e não deixar de comparecer aos hemocentros de forma regular. “Mesmo com as novas regras, a demanda por sangue nos hospitais continua constante e a contribuição de cada doador é fundamental para garantir o abastecimento dos bancos de sangue. Portanto, é imprescindível que todos que atendam aos critérios estabelecidos para doação de sangue compareçam ao Hemoes e contribuam com essa nobre causa”, disse.

Para informações sobre doação https://hemoes.es.gov.br/

 

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