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Editoria: IBGE O Hub Regional da ONU para Big Data no Brasil está iniciando uma série de webinários sobre a produção de indicadores de mudança...

Operação “Siga o Dinheiro” leva juiz e advogados para a cadeia no Espírito Santo; quem são eles

Dois juízes e advogados capixabas foram alvos de uma operação do Ministério Público (MPES) nesta quinta-feira (1º). Um dos juízes foi preso, e levado par ao presídio da Polícia Militar, enquanto outro magistrado e mais sete advogados receberão tornozeleira eletrônica. A Operação Follow the Money (siga o dinheiro) foi coordenada pela Procuradoria-Geral de Justiça por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central e Norte), e mira supostos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro , corrupção ativa, corrupção passiva, fraude processual e falsidade documental.

Foram cumpridos 7 mandados de prisão preventiva, 30 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de afastamento funcional de agentes públicos, 13 mandados de suspensão do exercício da atividade profissional, proibição de contato entre pessoas, proibição de acesso às dependência de órgãos públicos, além de monitoramento eletrônico, todos expedidos pelo desembargador Sérgio Ricardo de Souza, do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, atendendo a requerimentos do Ministério Público contra 34 (trinta e quatro) pessoas envolvidas no esquema.

As prisões foram feitas de forma concomitante, ou seja, ao mesmo tempo, por decisão do desembargador Sérgio Ricardo de Souza. Os juízes foram afastados do cargo.

O juiz Bruno Fritoli já atuou em Barra de São Francisco, Ecoporanga e São Gabriel da Palha.

Em nota, os advogados Rafael Lima, Larah Brahim e Mariah Sartório, que fazem a defesa do juiz Bruno Fritoli, disseram que o juiz “atua como magistrado há mais de uma década, sempre atuando com lisura e responsabilidade”. Dizem ainda que “confiantes da índole de Bruno durante sua carreira no Judiciário”.

Também por nota, a Associação dos Magistrados do Espírito Santo (Aages) disse ter  compromisso com a transparência, a ética e o respeito às instituições. “Destacamos que todos os magistrados são submetidos às mesmas normas e procedimentos que qualquer cidadão, e que a apuração de fatos deve ser realizada de forma imparcial, garantindo o direito à ampla defesa e ao contraditório”.

 “Ressaltamos que os juízes, como qualquer outro cidadão, tem o direito de apresentar sua defesa e esclarecer as acusações a ele imputadas”.

Por último, informou que disponibilizou assessoria jurídica para seu associado, o juiz Maurício Camatta Rangel, acrescentando que ele está sendo assistido pela comissão de prerrogativa da associação. “Continuaremos acompanhando o caso de perto, zelando pela integridade e independência do Poder Judiciário, e reforçando a importância do devido processo legal para todos. Informamos ainda que o juiz Bruno Fritoli não é associado”.

A OAB-ES, por sua vez, disse que está acompanhando o caso e buscando informações para tomar as providências cabíveis, observando as prerrogativas da advocacia e as normas do Código de Ética e Disciplina da OAB.