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Nova Venécia sedia Exposição sobre história da imigração italiana no Brasil

 

Já imaginou ver a história narrada da partida dos imigrantes italianos, desde a Itália, rumo ao Brasil? Tudo isso e muito mais, está sendo contada na exposição “Do passado ao Horizonte, 150 anos de Travessia”, na Casa de Pedra, com curadoria de Vicente de Paula e Silnara Salvador Bom. A informação é de Cíntia Zaché, da Rede Notícia.

Podendo ser visitada, das14h às 18h, de segunda-feira a sexta-feira, a exposição está acontecendo desde o dia 07 de novembro e vai até o próximo dia 06. Além de Nova Venécia, o evento acontece em 20 outras cidades, de norte a sul do Estado.

A exposição é dividida em quatro tempos distribuídos em 20 lâminas de tecido, no tamanho de 1,80mx90cm, que retratam as motivações da emigração dentro do processo de Unificação Italiana. Também, no cenário, é contada a viagem dos migrantes, o contato com o novo país, e as perspectivas de futuro. Os tempos foram identificados como a “Origem”, a “Travessia”, o “Brasil” e o “Futuro”.

O projeto é uma parceria entre o Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES) e a Associação Comunità Italiana e conta com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (LICC) e o Grupo Águia Branca. Para sua execução, contou com uma equipe técnica multidisciplinar, com a participação de historiadores, inclusive o veneciano Rogério Piva, fotógrafos, artista plástico e designer gráfico.

“A equipe de trabalho realizou pesquisas sobre o período histórico, depois uma busca por imagens que representassem tais momentos e parte das imagens foi recriada por meio de ilustração para preencher lacunas ou quando não foi possível utilizar fotografias, mapas e outros materiais”, explicou Cilmar Franceschetto, curador e diretor-geral do APEES.

Exposição também contou com visitas guiadas agendadas pelas escolas

Ainda, a exposição chegou até Nova Venécia, através da Associação da Festa da Cappitella (Afecapi), que recebeu todo material a ser exposto, no Palácio Anchieta, em Vitória. “Para nós é uma honra sediar esta exposição, que conta um pouco da chegada dos imigrantes italianos ao Brasil e ao nosso estado. Dos 78 municípios capixabas, apenas 21 tiveram a honra de ser contemplados com o material, e nós, mostramos que temos história e, aqui estamos com este inédito trabalho em nossa cidade. O interessante também é que, todo matéria ficará conosco, é nosso. Ano que vem temos projetos para exposições fixas aqui e itinerantes em nosso município”, narram os curadores.

A visitação está aberta ao público e, as visitas guiadas tem sido agendadas pelas escolas, dando oportunidade aos estudantes a conhecerem parte da história daqui. Para o próximo ano, instituições e escolas, faculdade interessadas em abrigar a exposição, podem entrar em conato com a Secretaria de Cultura”, relatam.

» “Dos 78 municípios capixabas, apenas 21 tiveram a honra de ser contemplados com a exposição, e nós, mostramos que temos história e, aqui estamos com este inédito trabalho em nossa cidade”, comentam os curadores da mostra, Vicente de Paula e Silnara Salvador Bom

Momentos históricos

O processo imigratório italiano em massa para o Brasil teve início em fevereiro de 1874, há 150 anos, com a chegada da Expedição Tabacchi à baía de Vitória, no dia 17 de fevereiro. O Brasil é atualmente o segundo país com o maior número de descendentes de italianos do mundo (cerca de 30 milhões) e a maioria está nas regiões Sul e Sudeste. O Espírito Santo foi a principal porta de entrada deles.

A migração foi o resultado de um processo mais longo de Unificação Italiana, concluído em 1871. Antes disso, a Península Itálica era formada por reinos, ducados, repúblicas, principados e cidades muito diferentes, cada um com suas leis, moeda, tradições, dialetos e costumes.

Durante e após os conflitos, a fome e a pobreza, juntamente com a falta de trabalho, desencadearam um intenso processo de migração dentro do território e fluxos de emigração para outros países, principalmente Estados Unidos, Brasil e Argentina. O contexto histórico pós-unificação era de crise e desagregação, tanto nos campos quanto nas cidades. Como em toda zona de tensão militar, os movimentos populacionais, com fugitivos, refugiados e combatentes, eram constantes em toda a Itália.

Exposição é dividida em quatro tempos distribuídos em 20 lâminas de tecido, no tamanho de 1,80mx90cm, que retratam as motivações da emigração dentro do processo de Unificação Italiana (Ilustração: Estúdio Zota)
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