O Tribunal do Júri condenou Marleuza Neres Costa a 23 anos e 6 meses de prisão em regime fechado por mandar matar Ademar Rodrigues Gomes, conhecido como Dema, em Montanha, no Norte do Espírito Santo. A informação é do repórter Wilson Rodrigues, da Rede Notícia.
O julgamento aconteceu na última quarta-feira (20). A vítima foi assassinada a tiros em 22 de julho de 2016, enquanto pilotava uma moto na rodovia ES 130, que liga o município capixaba a Nanuque, cidade mineira vizinha.
A acusada foi responsabilizada pela prática de crime de homicídio qualificado. Segundo a acusação o motivo do crime era para encobrir o furto de centenas de gado de uma fazenda onde a vítima era gerente.
De acordo com o Ministério Público (MPES), Marleuza foi apontada como autora intelectual do crime. “Ela agiu de forma fria, calculista e covarde, ao planejar a execução do gerente da fazenda Lagoa da Prata, após ele descobrir o furto de 312 bois gordos. A vítima foi emboscada e executada com 13 tiros, inclusive nas costas, sem qualquer chance de defesa”, declarou o promotor Edilson Tigre.
A fazenda mencionada pelo promotor fica localizada na cidade de Serra dos Aimorés, em Minas Gerais, onde a condenada vivia com seu esposo, que era vaqueiro da propriedade. A ré, segundo o Ministério Público, contratou dois pistoleiros, identificados pela acusação como “Val” e “Robinho”, moradores de Serra dos Aimorés, que executaram o crime. Os executores já foram julgados e condenados a penas superiores a 20 anos. Eles seguem presos cumprindo as penas impostas pela Justiça.
O Conselho de Sentença reconheceu todas as quatro qualificadoras apresentadas pela acusação contra Marleuza : motivo torpe, motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e crime cometido para assegurar a execução e ocultação do furto. A ré, que aguardava ao julgamento em liberdade, deixou o fórum de Montanha presa e algemada.
A reportagem tenta localizar a defesa da ré condenada e dos executores mencionados no texto. Este espaço segue aberto para posicionamento.











