Dar maior agilidade aos processos para a realização de cirurgias é o que espera a Secretaria da Saúde (Sesa), por meio do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), com a implementação do Projeto de Qualificação em Processos do Centro Cirúrgico (Centro Cirúrgico 2.0).
Instituído oficialmente no último dia 03, no Hospital Estadual São José do Calçado (HSJC), o Centro Cirúrgico 2.0 pretende implementar melhorias nos processos existentes nos centros cirúrgicos e nas áreas de interface que têm relação direta com a realização de cirurgias, buscando atendimentos com eficiência, segurança e qualidade, além de promover um impacto positivo no aumento da capacidade de realização de cirurgias e na melhoria dos resultados para os pacientes.
Os processos são as atividades de rotina (assistenciais e administrativas, entre outras), que norteiam o centro cirúrgico, como a admissão do paciente no centro cirúrgico e, ainda, a própria realização da cirurgia.
Além do Hospital São José do Calçado, primeiro a colocar em prática o projeto, o Centro Cirúrgico 2.0 será implementado em outros hospitais estaduais da rede própria. A coordenadora do projeto, Luciene Rocha, explica que um dos benefícios a serem alcançados é a eficiência na utilização de recursos, como salas cirúrgicas, equipamentos e profissionais, resultando em redução de custos.
O projeto visa ainda a melhoria da qualidade e segurança do paciente, reduzindo os riscos de eventos adversos durante os procedimentos cirúrgicos.
“Pretendemos otimizar os processos e fluxos de trabalho para reduzir o tempo de espera dos pacientes; minimizar os atrasos nos procedimentos cirúrgicos e reduzir o número de cancelamentos das cirurgias”, pontua Luciene Rocha.
Ela acrescenta que o Centro Cirúrgico 2.0 ainda contribui também para a ampliação do atendimento, sem comprometer a qualidade dos cuidados, aumentando, dessa forma, a satisfação dos pacientes.
O diretor do Hospital São José do Calçado, Leônidas Vieira, destaca que o projeto Centro Cirúrgico 2.0 possibilitará a otimização da capacidade do hospital, ampliando a oferta dos serviços e contribuindo na redução da espera dos pacientes que necessitam de cirurgia.
“Com a reestruturação dos fluxos dos processos cirúrgicos, teremos suportes nos processos assistenciais, apoio técnico e educacional, além de visitas técnicas. Também serão desenvolvidos planos de ação, com a utilização de indicadores para monitoramento, o que vai impactar no salvamento de vidas por meio da adoção de práticas assistenciais seguras e da redução de danos e agravos”, frisa Leônidas Vieira.
Centro Cirúrgico 2.0
Instituído por meio da Portaria ICEPi Nº 04-R, de 20 de maio de 2024, e desenvolvido pelo Programa de Gestão do Acesso e da Qualidade da Assistência nas Redes de Atenção à Saúde (PGAQ), o Centro Cirúrgico 2.0 está na fase de levantamento de dados que serão essenciais para a definição das metas a serem alcançadas nas etapas seguintes. A expectativa é de que, no próximo ano, o projeto seja ampliado para até mais dois hospitais estaduais.
Neste momento inicial, o projeto vai focar no trabalho de indicadores que visam a comprovar melhorias nos processos do centro cirúrgico, como aumento da produção cirúrgica, diminuição da taxa de cancelamento cirúrgico, giro da sala cirúrgica e adesão ao checklist de cirurgia segura.
O PGAQ busca garantir o acesso ágil e qualificado aos leitos hospitalares, às consultas especializadas, exames complementares e aos procedimentos ambulatoriais aos usuários da rede hospitalar no Espírito Santo. Também fazem parte do programa, entre outros projetos, o Núcleo Interno de Regulação (NIR) e o Escritório de Gestão de Altas (EGA), por exemplo.