A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) dá um novo passo para o mercado de café brasileiro. A partir desta segunda-feira (23) será possível negociar contratos futuros para café conilon cru, tipo 7-35 ou superior, com entrega física no município de Vitória, no Espírito Santo. Cada contrato corresponderá a 100 sacas de 60 kg, oferecendo aos produtores mais segurança e transparência nas negociações. Essa iniciativa representa um marco para o setor cafeeiro brasileiro, oferecendo aos produtores capixabas uma nova ferramenta para comercializar seus produtos e garantir preços mais justos.
Com a negociação na B3, o café conilon capixaba ganhará maior visibilidade no mercado nacional e internacional, além de maior liquidez. A bolsa também será responsável por avaliar as amostras de café e verificar os critérios de qualidade estipulados nos contratos, garantindo a segurança das transações.
A estreia do café conilon na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) representa um marco histórico para o agronegócio capixaba, segundo o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, presente no evento da B3, em São Paulo.
“A entrada do conilon na B3 é um passo fundamental para consolidar o setor cafeeiro capixaba Ao reduzir as oscilações de preço e aumentar a liquidez do mercado, essa medida protege o patrimônio dos nossos cafeicultores e suas famílias”, afirma Bergoli.
Com essa inclusão, o Espírito Santo, maior produtor e exportador de conilon do Brasil, ganha um importante instrumento para estabilizar os preços e garantir maior previsibilidade ao setor. A B3 atuará como um termômetro do mercado, sinalizando as tendências de preços e permitindo que produtores e demais envolvidos no negócio planejem suas atividades com mais segurança.
Essa iniciativa promete revolucionar o mercado e oferecer mais oportunidades para produtores e compradores. O Espírito Santo se destaca como um dos maiores produtores de café conilon e robusta do Brasil. Essa produção expressiva contribui significativamente para o fortalecimento do setor cafeeiro brasileiro no cenário internacional.
A inclusão do conilon na B3 também deve atrair novos investidores para o setor, ampliando as possibilidades de negócios e fortalecendo a cadeia produtiva. Além disso, a maior visibilidade do produto no mercado financeiro pode impulsionar as exportações e consolidar a posição do Espírito Santo como principal produtor mundial de conilon.
Estiveram presentes na ocasião representantes do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), do Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV), das Cooperativas de Café do Espírito Santo e de todo o arranjo produtivo da cadeia no Estado.
Texto: Priscila Contarini