O Tribunal do Júri de Montanha, no Norte do Espírito Santoz condenou a 23 anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado, a empresária Marleuza Neres da Costa, em julgamento realizados nesta quarta-feira (20).
A mulher foi denunciada como a mentora intelectual do assassinato de Ademar Rodrigues Gomes, o Dema, ocorrido em 22 de julho de 2016, quando trafegava de moto na rodovia que liga Montanha a Nanuque(MG).
Durante o julgamento, o promotor Edilson Tigre apresentou provas e sustentou que Marleuza “agiu de forma fria, calculista e covarde”, ao planejar a execução do gerente da fazenda Lagoa da Prata, localizada em Serra dos Aimorés (MG), após ele descobrir o furto de 312 bois gordos da propriedade.
A vítima foi emboscada e executada com 13 tiros, de revólver e escopeta, inclusive nas costas, sem qualquer chance de defesa. Nada lhe foi levado, o que afastou de imediato a hipótese de latrocínio.
Os jurados acolheram todas as qualificadoras de homicídio apresentadas de motivo torpe, motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima, Para assegurar a execução e ocultação do furto.
A pedido do Promotor, o juiz Helthon Neves Faria, que presidiu o julgamento, determinou o cumprimento imediato da pena, e a ré condenada saiu do Fórum algemada direto para o prasídio.
A ré tem sentença condenatória também na Conarca de Nanuque (MG) noa autos do processo 38.2017.8.13.0443, por receptação qualificada, promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa.
O CRIME
O crime teve, conforme a denúncia do promotor, o objetivo de assegurar a execução e a ocultação do furto de 312 bois gordos fazenda rural “Lagoa da Prata “, localizada no Município de Serra dos Aymores/MG, de propriedade de Eugênio Castineiras.
A acusada morava na fazenda com seu marido Joelson (Jó), vaqueiro da fazenda. Jó, juntamente com os pistoleiros conhecidos por “Val” e “Robinho”, de Serra dos Aymorés, assassinaram o gerente Ademar Rodrigues(Dema), após esse descobrir a subtração dos bois , ocorrida no ano de 2016.
Os autores diretos do homicídio já foram julgados e condenados a penas superiores a 20 anos e encontram-se presos cumprindo suas condenações.
Marleuza encontrava-se solta. Com a condenação, o promotor requereu o imediato cumprimento da pena e o juiz deferiu o requerimento de prisão preventiva. A ré saiu algemada/presa do fórum direto para o Centro de Detenção Provisória. Segundo o Promotor, a justiça foi completamente feita com a condenação de Marleuza.
