O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) foi criado pela Lei Complementar nº 081, de 29 de fevereiro de 1996, publicada no Diário Oficial do Estado de 1º de março de 1996, ou seja, há exatos 28 anos, mas a sua história começou bem antes disso, em meados dos anos 1940, quando a Secretaria de Agricultura, hoje denominada Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), passou a desenvolver de forma mais efetiva o trabalho de defesa agropecuária.
Tudo começou há 76 anos, em 1948, quando foi criado o Instituto Biológico do Estado do Espírito Santo (Ibees), no município de Cariacica, vinculado à Seag. O objetivo era realizar as atividades de apoio à pecuária por meio do diagnóstico de doenças dos animais.
O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, destaca os avanços. “Nesse momento de celebração, é preciso reconhecer a dimensão das atribuições do Idaf, que vão desde a política florestal à gestão de terras e cartografia, da defesa e inspeção vegetal e animal ao licenciamento ambiental, e, portanto, enaltecer os profissionais que prestam um serviço imprescindível para a sociedade e a economia do Estado. E vamos além: considerando as demandas dos consumidores dos produtos do agro, muito em breve não haverá mercado para quem produzir em desacordo com a legislação, o que reforça a importância da instituição no compliance da agricultura e seus negócios associados, cujos produtos capixabas são enviados para mais de cem países. Vida longa ao Idaf!”
O diretor-geral do Idaf, Leonardo Monteiro, ressalta a importância do trabalho realizado pela instituição. “O Idaf faz cumprir o que é determinado por lei, mas não é só isso, o trabalho é crucial para a proteção da Mata Atlântica capixaba e sua biodiversidade. Desmate ilegal é crime e também reflete na destruição causada ao meio ambiente, como desgaste do solo, seca dos mananciais e morte de animais. Em todos esses anos o Idaf contribui significativamente para o desenvolvimento econômico e social do Espírito Santo. Integramos uma gama enorme de atividades, que, juntas, contribuem para o fortalecimento do setor agropecuário e para a proteção dos recursos naturais. O êxito no enfrentamento recente no controle da influenza aviária, por exemplo, é uma das ações, dentre tantas outras, que demonstra a relevância do papel de vigilância. Vários motivos para agradecer mais um ano de existência do Idaf e o profissionalismo dos servidores que trabalham nesta instituição tão séria”, afirma.
De acordo com o diretor técnico do Idaf, Eduardo Chagas, atualmente o Idaf é o órgão que mais oferta serviços à população, com uma lista de 103 serviços cadastrados no Conecta Cidadão, um total de 18% dos serviços que estão no portal. “Na nossa estrutura técnica e administrativa temos 503 pessoas atuando e estamos com um concurso aberto para a contratação de mais servidores efetivos. Temos orgulho do quantitativo de serviços que entregamos diariamente à sociedade capixaba, em acordo com a missão do Idaf de atuar na proteção da saúde pública e dos recursos naturais, garantindo a sanidade vegetal e animal e promovendo o acesso às políticas de regularização fundiária. Agradeço a todos os servidores que fazem essa história acontecer”, destacou Chagas, que é profissional de carreira do órgão desde 2006.
Para o diretor administrativo e financeiro do órgão, Ronaldo Lubiana, o trabalho vem sendo executado com excelência. “Em nome de todos que valorizam a segurança alimentar e a proteção ao meio ambiente, quero agradecer aos servidores pelo compromisso e pela dedicação. O trabalho incansável na regulação dos produtos alimentícios de origem animal e na promoção de práticas agrícolas sustentáveis é fundamental. Além disso, a execução do cadastro e da regularização fundiária de imóveis rurais, promovendo a ordenação e o uso adequado do solo é um serviço de excelência que vem sendo prestado desde o início. Espero que a missão do Idaf continue sendo cumprida com eficiência e qualidade”, pontou Lubiana.
Servidores
Há 50 anos a instituição recebia o servidor José Luiz Demoner de Almeida, engenheiro agrônomo, que esteve por muitos anos como diretor técnico e diretor-presidente do órgão, tendo atuado até 2013. “Sinto-me privilegiado em fazer parte dessa instituição, bem como por ter tido a oportunidade de dirigi-la por um bom período. Agradeço muito aos demais servidores pelo empenho que tiveram para transformar o Idaf/ES em uma referência forte para a agricultura capixaba. Aprendi muito, fiz amizades duradouras e vivi a minha vida. Orgulhoso em fazer parte dessa história”, disse Demoner.
Um dos servidores ativos há mais tempo no Idaf, Antônio Mauro Rossoni está prestes a completar 36 anos de serviços prestados como servidor público e relembra sua trajetória. “Comecei a trabalhar em 1988, como técnico agrícola, na Secretaria da Agricultura, e depois fui designado para o Instituto de Terras, Cartografia e Florestas (ITCF). Na época, cuidava de um viveiro de mudas enorme; parte da produção de mudas de nativas era doada para ações de reflorestamento, o que fez com que o nosso trabalho recebesse reconhecimento nacional”, recorda Rossoni, que, desde 2004, é gerente local do escritório do Idaf de Itarana, o qual também responde pelo posto de atendimento de Itaguaçu.
História
Durante as décadas de 1950 e 1960, foram implantados os primeiros programas de sanidade animal e vegetal no Estado, mas somente a partir de 1971, com a criação do Grupo Executivo de Combate à Febre Aftosa (Gecofa), o desenvolvimento dos trabalhos foi estruturado. Em 1974, o Gecofa foi extinto, mas devido à necessidade de manutenção do serviço, sua estrutura permaneceu, e surgiu a primeira organização do sistema agrícola do Estado, que culminou na criação de sete instituições: Empresa Capixaba de Pesquisa Agropecuária (Emcapa), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Espírito Santo (Emater), Empresa Espírito Santense de Pecuária (Emespe), Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cida), Companhia de Armazéns e Silos do Espírito Santo (Cases), Centrais de Abastecimento do Espírito Santo S/A (Ceasa) e Instituto de Terras e Cartografia (ITC).
Em 1975, foi fundado o Instituto Estadual de Florestas (IEF). A Emespe substituiu o Gecofa e ampliou suas atividades no setor da pecuária. Em 1996, o sistema da Seag foi reestruturado e reduzido de sete para quatro instituições. Da fusão das atividades da Emespe e do ITCF, surgiu o Idaf.
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