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Câmara de Vila Pavão Aprova Orçamento Municipal de R$ 48,8 milhões para 2025

A Câmara Municipal de Vila Pavão aprovou, por unanimidade, na tarde da última terça-feira (16), o orçamento do município para o exercício de 2025,...

Águia Branca e Apiacá reelegem representantes da agricultura familiar

Os agricultores familiares reelegeram dois candidatos vinculados aos movimentos do campo. Um deles é Efrem Ricardo Basílio da Silva (PT), vice-prefeito de Águia Branca, no noroeste do Espírito Santo, que compõe a chapa ao lado de Jailson Quiuqui (PP), atual prefeito da cidade. Efrem faz parte da coordenação estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), que apoiou sua candidatura. O outro reeleito é Mário Lúcio (PRD), presidente da Câmara Municipal de Apiacá, no sul do estado, com o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Dorizete Cosme, membro da coordenação estadual do MPA, celebrou a reeleição de Efrem. Ele destaca que, durante a gestão de Efrem como vice-prefeito, juntamente com Jailson Quiuqui, foram consolidadas importantes políticas, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Compra Direta de Alimentos (CDA).

Além de Efrem, o MPA apoiou outras quatro candidaturas: Reginaldo Penha (PT), para prefeito em Marechal Floriano, na região serrana; e para vereador, Luizmar de Souza Vieira (PT) em Água Doce do Norte, e Valmir Noventa (PT) em São Mateus, no norte do estado. Dorizete acredita que, sem a interferência do poder econômico, mais candidatos ligados à agricultura familiar teriam sido eleitos. “Nossos candidatos fizeram um belo trabalho de base, mas o poder econômico foi determinante em algumas situações”, ele avalia, destacando a persistente compra de votos, seja por meio de dinheiro, cestas básicas ou materiais de construção.

O MST, por sua vez, também apoiou outros candidatos, todos a cargos de vereador: Serginho Cardoso (PT), em Montanha (extremo norte); Picapau do Sem Terra (PT), em São José do Calçado (Caparaó); Valdeni Ferraz (PSOL), em Vitória; Agnaldo Cardoso (PT), em Nova Venécia (noroeste); e Ciety (PT), em São Mateus, que não conseguiu ser reeleito. Com a derrota de Ciety e de outro candidato apoiado pelo MST em São Mateus, o movimento quebrou um ciclo de 36 anos elegendo vereadores na cidade.

Marco Antônio Carolino, integrante da coordenação estadual do MST, também acredita que o poder econômico influenciou o resultado das eleições. “A disputa por vagas de vereador é intensa e muitas vezes desleal, já que alguns candidatos possuem mais recursos financeiros do que outros”, afirmou. Ainda assim, Carolino considera a reeleição de Mário Lúcio uma conquista, destacando seu histórico como pequeno agricultor, técnico agrícola e sua atuação em assentamentos do MST. Durante seu mandato, Mário Lúcio obteve emendas parlamentares voltadas para a agricultura familiar.

Planos para os novos mandatos

Mário Lúcio, que está indo para o seu terceiro mandato na Câmara de Apiacá, afirma que um de seus objetivos na nova legislatura será incentivar a organização dos trabalhadores rurais em associações. Ele acredita que a união é essencial para que possam levantar suas demandas e reivindicações. O vereador também planeja continuar buscando emendas parlamentares.

Em seu mandato anterior, ele obteve emendas por meio da deputada estadual Iriny Lopes (PT), do deputado federal Helder Salomão (PT) e do senador Fabiano Contarato (PT), que permitiram a aquisição de tratores, secadores e equipamentos agrícolas. “Ocupar espaços como a Câmara faz parte da luta de classes. É importante para dar voz e representatividade ao nosso movimento”, argumenta.

Mesmo ocupando o cargo de vice-prefeito, Efrem destaca que sua reeleição foi um grande desafio, considerando o cenário político atual. “Ser um militante e vencer uma eleição em um contexto como o do Brasil e do Espírito Santo, onde a esquerda tem perdido espaço, é uma vitória. Isso demonstra o trabalho importante que realizamos na prefeitura”, afirma. Ele ainda ressalta que, apesar do prefeito Jailson Quiuqui ter mudado de partido — do Cidadania para o PP, que ele considera de centro-direita — sua atuação tem sido favorável à defesa da agricultura familiar, o que permitiu avanços em programas como o PNAE, CDA e PAA.

Efrem acrescenta que, durante a formação da chapa, uma das condições para sua participação foi o comprometimento com a ampliação de projetos voltados à agricultura familiar, como o incentivo à transição para a agroecologia e à diversificação da produção de alimentos.

Com informações do Século Diário

Águia Branca e Apiacá reelegem representantes da agricultura familiar

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