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Policial penal é preso suspeito de integrar esquema para matar rival de traficante em presídio no ES

Um policial penal que era chefe de segurança da Penitenciária de Segurança Máxima II e um líder do tráfico em Viana, associado ao Primeiro Comando de Vitória (PCV), foram presos na manhã desta sexta-feira (9),  suspeitos de organizar diversos crimes, incluindo um plano para assassinar um preso rival do traficante dentro da unidade. Há indícios de que uma terceira pessoa, uma mulher também policial penal, tenha colaborado com o esquema, embora ela não tenha sido presa.

Durante a operação, foram executados dois mandados de prisão e três de busca e apreensão nas cidades de Viana e Vila Velha, resultando na apreensão de celulares, notebooks e armas de fogo nas residências dos suspeitos.Essas ações fazem parte da segunda fase da Operação Trash Bag (Saco de Lixo), conduzida pelo Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal (GETEP) do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), com apoio da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), responsável pela administração das unidades prisionais, e da Polícia Penal.

Na primeira fase da operação, um monitor de ressocialização foi preso, suspeito de estar envolvido em um plano que poderia lhe render até R$ 1 milhão para facilitar a fuga de um detento. Nesse mesmo dia, um policial penal também foi detido, e nesta sexta-feira (8) ele recebeu um mandado de prisão preventiva. Em julho, quando foi cumprido o primeiro mandado de busca e apreensão em sua casa, foi encontrada uma arma ilegal, o que levou à sua prisão.

Essa arma foi crucial para o desdobramento da segunda fase da operação. As investigações indicam que ela seria entregue a um detento na Máxima II, com o objetivo de executar outro prisioneiro ou até facilitar uma fuga. O alvo do assassinato era um rival do traficante, que havia sido seu predecessor na liderança na região de Viana.

As investigações revelaram que o policial penal, que atuava como chefe de segurança na Penitenciária de Segurança Máxima II, teria sido cooptado pelo traficante e, supostamente, recebia pagamentos mensais para permitir a entrada de itens ilícitos na unidade, como celulares, drogas e materiais cortantes. Além disso, ele teria repassado informações privilegiadas e ignorado irregularidades durante as revistas nas celas dos aliados do traficante, sugerindo a ocorrência de outros atos criminosos.

Há também evidências de que o policial penal estava ameaçando possíveis testemunhas dos crimes que cometia, com a intenção de encobrir as provas.

Graças ao trabalho conjunto do MPES e da Subsecretaria de Inteligência da Sejus, em um período de 40 dias, foram presos dois policiais penais e um monitor, todos envolvidos em crimes na Máxima II e no roubo de armas em Paraju, Domingos Martins.

Entre os detidos, um era chefe de segurança da principal unidade prisional do Estado, onde estão encarcerados os presos de maior periculosidade.

Em janeiro, outras quatro pessoas foram presas, incluindo o ex-diretor adjunto da Penitenciária de Segurança Máxima I, todos acusados de participação em um esquema criminoso que oferecia benefícios a detentos, como o acesso a garotas de programa.

*Com informações de Vilmara Fernandes em A Gazeta

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