A Polícia Federal prendeu em flagrante, no fim da tarde desta quinta-feira (11), o estudante da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Adalto Gaigher Junior, suspeito de ameaçar matar a tiros o deputado federal de Minas Gerais, Nikolas Ferreira (PL). A informação é de Wilson Rodrigues, da Rede Notícia.
A ameaça foi publicada em um perfil atribuído ao suspeito na rede social X, na noite de quarta-feira (10). Conforme informado em primeira mão pela Rede Notícia, o estudante foi preso na casa da família, na cidade capixaba de Boa Esperança.
Em seguida, os agentes da PF o conduziram até a Delegacia da Polícia Federal de São Mateus, no Norte do Espírito Santo, para ser ouvido. A reportagem apurou com fontes policiais que o suspeito se manteve em silêncio e chorou durante as perguntas e respostas feitas pela Polícia Federal.
Em nota, a PF confirmou a prisão e informou que agiu após representação do parlamentar. “A postagem foi publicada na véspera de uma viagem programada do deputado ao estado. A prisão ocorreu após a vítima representar pela continuidade das investigações e pela persecução penal do crime de ameaça”, destacou.
A Polícia Federal acrescentou que o preso foi encaminhado à Delegacia da PF em São Mateus para a lavratura dos procedimentos de polícia judiciária. Também foi instaurado inquérito para apurar outros fatos relacionados ao investigado, bem como a eventual participação de terceiros no crime.
O advogado do suspeito, Arthur Borges Sampaio, informou que seu cliente foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência. “Meu cliente jamais tem ou teve interesse que não fosse a mera retórica em um momento de surto, fato atípico à conduta dele, em um ambiente contaminado pela polarização política como o que vive o Brasil há muito tempo. Ele está arrependido, se retrata com o deputado, não oferece risco, tem conduta ilibada e vai se manifestar nos autos. Acrescento que a legislação brasileira assegura a presunção de inocência, que será provada à Justiça”, afirmou.
Em nota, a Ufes declarou que repudia “qualquer tipo de manifestação que incite à violência, ao ódio ou à discriminação expressa por qualquer meio ou veículo, incluindo as plataformas digitais”. Leia na íntegra:
NOTA À COMUNIDADE
A Administração Central da Ufes afirma que repudia qualquer tipo de manifestação que incite à violência, ao ódio ou à discriminação expressa por qualquer meio ou veículo, incluindo as plataformas digitais.
Denúncias, para serem formalizadas, devem ser encaminhadas à Ouvidoria da Universidade pelo endereço falabr.cgu.gov.br, que adotará as providências legais cabíveis.











