A Usiminas registrou prejuízo líquido de R$ 100 milhões no segundo trimestre de 2024, R$ 135 milhões inferior ao lucro líquido do primeiro trimestre (R$ 36 milhões). O Ebitda ajustado consolidado ficou em R$ 247 milhões, queda de 40,6% sobre os três meses iniciais de 2024, enquanto as vendas de aço mantiveram-se estáveis em torno de 1.042 mil toneladas no trimestre, 0,5% a mais que no primeiro trimestre do ano.
O desempenho teve impacto da desvalorização do real frente ao dólar e custos de matérias-primas (carvão, coque, minério e placas), que afetaram, em especial, a unidade de Cubatão. A importação chinesa permanece como grande obstáculo ao mercado brasileiro, já que, no primeiro semestre, houve um aumento de 22% nas importações de aços planos em relação ao mesmo semestre de 2023. “Ainda enfrentamos uma pressão interna por causa do excesso de oferta do aço chinês. Em junho, primeiro mês da cota implementada pelo governo, as importações não sofreram impacto. O volume de importações de aços planos foi de 233 mil t, superior à média mensal de 2023, ano em que registramos a maior participação de consumo aparente da última década”, afirmou Marcelo Chara, presidente da Usiminas.
Apesar dos impactos no resultado do segundo trimestre, a Usiminas comemora a conclusão do ramp up do Alto-Forno 3, com a estabilidade do equipamento, o que permitiu atingir em junho a maior produção do equipamento desde 2013. Outros pontos positivos foram a melhoria do fuel rate (consumo de combustível) e aumento da carga metálica em torno de 8% e redução do consumo de gás natural, em 17%. Esses resultados mostram a transformação realizada pela Usiminas, com foco nas rotinas de gestão e KPI’s, voltados para melhoria contínua e excelência operacional em todos os processos. “Agradeço nossos colaboradores pela dedicação e profissionalismo, acompanhando nossos desafios de transformação da Usiminas. Vamos continuar buscando a excelência operacional, estando cada vez mais próximos dos nossos clientes, reduzindo custos de produção e tendo como alvo os mercados de maior valor agregado. Sempre com a segurança em primeiro lugar e com muito cuidado ao meio ambiente, sendo bons vizinhos e integrando as comunidades das localidades onde operamos”.
A Usiminas produziu 817 mil toneladas de aço bruto no segundo trimestre, 16,7% a mais que no primeiro trimestre de 2024 (700 mil toneladas), graças à contínua evolução operacional do Alto-Forno 3. O Ebitda ajustado atingiu R$ 70 milhões, frente aos R$ 334 milhões do trimestre anterior. Na mineração, a Usiminas produziu 1,9 milhão de toneladas e caiu 1,1% em relação aos três meses iniciais de 2024. As vendas atingiram 2 milhões de toneladas, 2,7% superior na comparação com o primeiro trimestre, enquanto o Ebitda ajustado ficou em R$ 156 milhões, um crescimento de 89,1% sobre o primeiro trimestre do ano (R$ 83 milhões).
Foto: Brasil Mineral/Reprodução