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Suzano recebe membros da Rede Capixaba de Inteligência

 

Na manhã da última quinta-feira (24), membros da Rede Capixaba de Inteligência visitaram a unidade de Aracruz da Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto. A empresa recebeu cerca de 50 profissionais dos setores de segurança pública e privada, sendo autoridades como delegados, coronéis e comandantes de órgãos oficiais como a Polícia Militar do Espírito Santo, a Polícia Militar de Minas Gerais e a Polícia Civil do Espírito Santo.

O encontro abordou o possível apoio à Suzano em situações adversas na região norte do estado, onde há casos mais graves de invasões de propriedades e reintegrações de posse. A visita começou com um coffee break para os participantes, que em seguida assistiram a apresentações institucionais e logísticas, conduzidas respectivamente por Alan Mori Brito, Consultor de Relações Corporativas da Suzano, e Arilson Siqueira, Coordenador de Inteligência Patrimonial no Espírito Santo. O Diretor de Operações da Suzano, Fabrício José da Silva, também discursou aos convidados. Arilson explicou o motivo da reunião e citou os principais desafios encontrados em sua função.

“A gente tem um desafio muito grande em operar em territórios com diversos atores presentes, ou seja, diversas comunidades e entidades distintas. Fazer um trabalho de Vigilância Florestal de forma humanizada e respeitando as culturas, tradições e adversidades desses povos é um desafio e a Suzano não abre mão disso. Aos poucos estamos conseguindo superar e estamos avançando rumo à pacificação. Mas só tem como avançar mais, se houver interação, atuação em conjunto de iniciativas privadas com órgãos de segurança pública e as comunidades. E, em função de tudo que estamos vivenciando no norte do Espírito Santo, como queimadas criminosas, invasões de terra e perda de hectares que são legitimamente da Suzano, percebemos que a Rede Capixaba de Inteligência poderia ajudar. Eles têm pessoas de notório saber, de todas as áreas da sociedade capixaba, especialistas em segurança que podem contribuir com suas experiências. Em maioria, são representantes importantes das principais empresas e entidades do poder público capixaba, então vimos a possibilidade de ter uma célula da Rede com foco nas problemáticas do norte do estado”, afirmou Arilson.

Dentre os principais problemas enfrentados pela Suzano estão as invasões de propriedade, danos florestais, como queimadas intencionais, e as reintegrações de posse que a Justiça determina em favor da empresa. Para se ter uma ideia, a Suzano está impossibilitada de atuar em quase 28 mil hectares de suas próprias terras, já sofreu mais de 50 tentativas de invasões e registrou mais de 1.200 ocorrências de incêndio florestal na região norte, apenas em 2024.

Para Inês Loss, delegada da Polícia Civil do Espírito Santo e coordenadora da Rede Capixaba de Inteligência, o problema é muito maior do que o esperado. “Seremos parceiros da Suzano e tínhamos o interesse em saber como estão sendo feitas as contenções de invasão, pois sabíamos que existem e eu não vejo como conter tanta gente se não houver união. Particularmente fiquei surpresa, pois não fazia ideia do número de tentativas de invasões e nem das que fatalmente se concretizaram”, declarou a delegada.

Visando o bem-estar, o bom relacionamento e o fortalecimento das comunidades onde atua, a Suzano promove ações de desenvolvimento social, como geração de empregos, cursos preparatórios, projetos sociais, doações de donativos, materiais para empreendimentos e apoio a eventos culturais e projetos incentivados. Com o objetivo de retirar 200 mil pessoas da linha de pobreza até 2030, Arilson Siqueira ressalta que a atuação de defesa da Suzano sempre se dá dentro da legalidade, buscando promover desfechos positivos para todas as partes envolvidas.

“Em determinados momentos das invasões nos deparamos com diversos obstáculos, como tábuas com pregos – ação semelhante à tática de guerrilha – colocados de forma proposital nos acessos vicinais da floresta para dificultar nosso trabalho de fiscalização e o pronto atendimento da Polícia Militar. A Suzano não atua dessa maneira e opera sempre dentro da legalidade. Inclusive, este é outro grande desafio, pois atuamos sempre respeitando a legislação e dentro da legalidade, já os invasores, em muitos casos, atuam fortemente na ilegalidade. Daí mais um motivo de fortalecermos, ampliarmos nossa rede de apoio e buscarmos o melhor caminho também para as comunidades”, esclareceu Siqueira.

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