A Polícia Civil fez uma operação em uma clínica terapêutica na cidade de Piúma, no litoral sul do Espírito Santo, que mantinha os pacientes em cárcere privado, mesmo após ter sido intimada judicialmente a não receber novos pacientes pelo Ministério Público do Estado (MPES).
Durante a ação, feita para verificar se a clínica estava seguindo a decisão judicial, vários internos se manifestaram informando que estavam no local contra a vontade, como explica o titular da delegacia de Piúma, David Gomes.
“Diversos internos chamaram os policiais no canto, informando que estavam lá contra a vontade, mesmo após terem manifestado interesse de sair da clínica. Mas, a equipe ignorava e mantinha o pessoal em cárcere privado. No local, informaram também que eram dopados contra a vontade e, inclusive, dois deles relataram que presenciaram uma cena de estupro por parte de um dos funcionários da clínica”, contou.
Duas mulheres, de 25 e 32 anos, e um homem, de 53 anos, foram autuados em flagrante por cárcere privado e desobediência de ordem judicial, sendo encaminhados ao sistema prisional.
Os prontuários com informações dos internos foram apreendidos. Os internos estão, agora, sob a responsabilidade da assistência social do município de Piúma.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações seguem em andamento para apurar supostos crimes de tráfico de drogas e estupro.