A queda do avião ATR 72500 da Voepass com 62 pessoas em Vinhedo (foto), interior de São Paulo, provavelmente foi um “parafuso chato“, que se dá quando ocorre o congelamento dos comandos.
A área em que caiu o avião da VoePass em Vinhedo, no interior de São Paulo nesta 6ª feira (9), tinha um alerta de alto risco de congelamento. Segundo informações da Flightradar24, serviço sueco que monitora voos em tempo real, o avião voava a 17.000 pés de altitude no momento da queda. O risco de congelamento se estendia dos 12.000 aos 21.000 pés.
O voo saiu de Cascavel, no interior do Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, com 62 pessoas a bordo. Caiu em uma área residencial. Não houve sobreviventes.
Uma frente fria atingiu São Paulo e derrubou as temperaturas na madrugada desta 6ª feira (9.ago). O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um alerta de “Perigo Potencial” para declínio de temperatura em boa parte do Estado– incluindo a região de Vinhedo.
Segundo especialista, as evidências mostram que a formação de gelo na estrutura da aeronave é a possível causa do acidente. No caso, o gelo altera a aerodinâmica do avião e afeta a sua sustentação. “O congelamento pode ter causado um arrasto e essa guinada (giro no eixo vertical) indica isso”, declarou.
Em áudios que circulam na internet, atribuído a um grupo de whatsapp com pilotos, os profissionais lembram dos alertas que receberam sobre risco de congelamento. “Pode contar que foi gelo que derrubou esse avião, vocês vão ver. Está todo mundo reportando gelo severo”, diz um dos áudios vazados. (Ouça abaixo)