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Operação Escudo de Aço: simulado policial movimenta o centro de Barra de São Francisco e relembra maior assalto a banco da história do município

Barra de São Francisco viveu, na noite desta quarta-feira (22), momentos de atenção e curiosidade. Sirenes, viaturas, tiros simulados e explosões controladas chamaram a atenção de quem passava pela região central da cidade. A movimentação fazia parte da “Operação Escudo de Aço”, um treinamento realístico de combate a assaltos a bancos e crimes contra o patrimônio, realizado na Praça Arlindo Pinto da Costa.

A simulação, organizada pelo 11º Batalhão da Polícia Militar, reuniu equipes da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e SAMU, em uma ação integrada para testar a capacidade de resposta a situações de alta complexidade. O exercício incluiu tiros e uso de bombas de efeito controlado, mas sem qualquer risco à população.

Segundo o comando da PM, o objetivo foi preparar as forças de segurança para lidar com situações semelhantes às praticadas na modalidade conhecida como “Novo Cangaço”, marcada por ataques violentos a cidades do interior e instituições financeiras.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o Major Coimbra, chefe da Divisão Administrativa do 11º BPM, destacou a importância do treinamento. “As práticas criminosas evoluíram. É essencial que nossos policiais estejam prontos para reagir de forma rápida, eficiente e com segurança para a população”, afirmou.

Durante o simulado, parte das vias do centro foi isolada e houve grande movimentação de viaturas, o que despertou a curiosidade dos moradores. Mesmo com o aparato sonoro e visual, a operação ocorreu de forma controlada e sem incidentes.

Memória de um crime que marcou a cidade

A “Operação Escudo de Aço” também teve um componente simbólico. O treinamento fez referência ao assalto ao Banco do Brasil de Barra de São Francisco, ocorrido em 30 de abril de 1991, considerado o maior da história do município.

Naquele dia, criminosos invadiram a agência do banco, fizeram reféns e trocaram tiros com a polícia. Nove pessoas morreram, entre elas a jovem Luciene Matos Ferreira, o policial civil Brasilino Malaquias de Morais e o motorista de táxi Antônio Lopes Faustino, conhecido como Toninho Baú.

Os outros seis mortos eram integrantes da quadrilha, que também havia participado de outro assalto, em Pancas (ES), horas antes. O confronto terminou após perseguição e troca de tiros na tentativa de fuga dos criminosos.

A tragédia teve ampla repercussão. Em homenagem às vítimas, o então prefeito Enivaldo dos Anjos, mesmo que ocupa o cargo atualmente, criou o bairro Vila Luciene, nomeado em memória da jovem morta no assalto. O nome dela também batiza uma escola local. Já o policial Brasilino Malaquias foi homenageado com o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) no bairro Colina.

Mais de três décadas depois, a lembrança do episódio segue viva entre os moradores. O simulado desta quarta-feira, além de fortalecer o preparo das forças de segurança, também serviu como uma forma de honrar as vítimas e reafirmar o compromisso com a segurança da população.

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