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Musicalização leva cultura e diversão às crianças internadas no Himaba

A rotina dos pacientes internados no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), localizado em Vila Velha, tem ganhado um toque especial nos últimos meses. É por meio do trabalho de musicalização, promovido pelo setor de Humanização do hospital, que as crianças passam a ter contato com atividades que estimulam o reconhecimento e a sensibilidade a sons e ritmos, levando mais cultura e diversão.

O projeto, que foi iniciado na unidade ainda no ano passado, voltado primeiramente àqueles pacientes de longa permanência, passou a atender também às atividades nas brinquedotecas do hospital, e tem se adaptado às especificidades de cada criança e sua condição de saúde. A expectativa é de que o projeto aumente e atenda mais pacientes.

“A música passou a fazer parte do hospital, por meio das brinquedotecas e também diretamente no leito, caso o paciente tenha limitações. Durante as brincadeiras, promovemos recreação com instrumentos, ritmo, audição e fala. Caso o paciente seja de longa permanência e tenha o desejo de desenvolver habilidades com a música, programamos horários específicos para que tenham contato com a música, aprendendo a tocar um instrumento que goste”, explicou a gerente de humanização do Himaba, Jhenyffer Pesse.

E com o desenvolvimento do projeto e sua ampliação, a música vem transformando o ambiente hospitalar, principalmente para as crianças. “Trabalhei com uma paciente que tinha um quadro grave de depressão, mas conseguimos introduzir o auxílio da música em parceria ao tratamento médico e isso a ajudou a conversar mais, encontrar hobbies e alegrias rotineiras, por meio da musicalização. Neste caso, a paciente apresentou uma melhora significativa e recebeu alta”, lembrou Jhenyffer Pesse.

Música é tratamento?

Segundo Renan Barreto, médico pediatra emergencista e coordenador do ambulatório do Himaba, a criança precisa ser enxergada sob um ponto de vista biopsicossocial, ou seja, um tratamento pediátrico de qualidade não deve se restringir apenas às intervenções médicas especializadas. Quanto mais o ambiente hospitalar igualar um ambiente familiar à criança, maior será a aceitação da criança às intervenções e mais rápida será a recuperação.

“Dentro desse contexto, a musicalização se torna um coadjuvante ímpar, porque a música é uma linguagem universal que já está inserida no cotidiano das crianças tanto em casa quanto na escola e funciona como um estímulo para ampliar o desenvolvimento cognitivo, sensorial e outras habilidades. Outros hospitais de referência já têm incluído a música como parte do tratamento aos seus pacientes, e têm relatado resultados positivos. E é isso que o instituto ACQUA, em parceria com a Sesa, tem implantado no Hospital Infantil de Vila Velha, gerando muitos resultados positivos”, concluiu Barreto.

Humanização do Himaba

O hospital conta com o setor de Humanização, uma área voltada para o desenvolvimento de ações, projetos e alternativas que melhorem a experiência do usuário no Himaba.

Atualmente, são duas brinquedotecas para garantia da Lei Federal nº 11104 que dispõe da obrigatoriedade da instalação de brinquedotecas em unidades de saúde que ofereçam internação pediátrica, bem como, momentos recreativos com pintura, música e leitura, cineminha para as crianças, empréstimo de brinquedos, Coral do Himaba, classe hospitalar para o paciente não perder aulas, durante o tempo de internação e demais ações.

 

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