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Ida de juiz para presídio da PM e de advogados para o Complexo de Viana abre discórdia na OAB

 

A ida do juiz Bruno Fritoli Almeida para o presídio no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar, em Maruípe, Vitória, abriu uma crise interna na cúpula da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Espírito Santo (OAB-ES). Isso porque, parte dos advogado alvo da Operação Follow The Money (siga o dinheiro) foram levados para o ‘presídio comum’, o Complexo Penitenciário de Viana. O chamado Estatuto da Advocacia dispõe de um inciso afirmando que o advogado não pode ser “preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, e, na sua falta, em prisão domiciliar”, mesma prerrogativa de magistrados.

  • A Operação Follow The Money (siga o dinheiro) foi deflagrada no dia 1º de agosto, movimentou 9 integrantes do Ministério Público (MPES), 97 policiais, além da Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central e Norte), com o apoio da Polícia Militar.
  • Sete pessoas foram presas, entre elas, o juiz substituto do Tribunal de Justiça do ES, Bruno Fritoli Almeida. Dois advogados são considerados foragidos, são eles: José Joelson Martins De Oliveira e Vicente Santório Filho.

  • QUEM SÃO OS PRESOS: Bruno Fritoli Almeida, juiz, preso no Presídio do Quartel da Polícia Militar; Ricardo Nunes De Souza, advogado, preso Penitenciária de Segurança Média I  em Viana; Veldir José Xavier, preso no Centro de Detenção Provisória de Viana II; Victor Hugo De Mattos Martins, preso no Centro de Detenção Provisória Viana II; Mauro Pansini Junior, empresário, preso no Centro de Detenção Provisória de Viana 2 (CDPV2);

  • RECEBERAM MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO: Luana Esperandio Nunes De Souza – com tornozeleira; Luiz Antônio Esperandio – com tornozeleira; Maurício Camatta Rangel – juiz – com tornozeleira; Bernardo Azoury Nassur – médico; Carlos Henrique De Oliveira Dantas – advogado; Diogo Machado Coelho Rangel – advogado; Gabriel Martins De Oliveira – advogado; Hayalla Esperandio; e Luam Fernando Giuberti Marques.

No mesmo dia da operação, o plenário do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) manteve, o afastamento de dois juízes.  A decisão também confirmou a prisão de Bruno Fritoli e o uso de tornozeleira eletrônica para Maurício Camatta Rangel. Na sexta-feira (02), aconteceram as audiências de custódia dos detidos. Rafael Lima, advogado de Fritoli, disse que seu cliente continua preso e que os fatos serão explicados em momento oportuno.

Disse ainda que Fritoli “atua como magistrado há mais de uma década, sempre com lisura e responsabilidade”. E que está “confiante da índole de Bruno durante sua carreira no Judiciário”, informando ainda que seguirá acompanhando o desenrolar do caso e atuando, com os instrumentos da lei, por sua inocência.

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