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Família veneciana reencontra irmãos do pai após mais de 50 anos separados

Por Cíntia Zaché, da Rede Notícia

Após mais de 50 anos sem saber notícias da família do pedreiro Bernardo Sebastião, mais conhecido como Bernardo Preto, os filhos dele, conseguiram encontrar os irmãos do morador do Córrego da Serra, em Nova Venécia. “Meu pai morreu há sete anos, faleceu sem rever os irmãos. Eles foram separados quando criança, nós não tínhamos noção de onde estavam meus tios, os irmãos dele. Até que, o filho de uma irmã dele, entrou em contato com meu irmão, o Weligton. A partir daí, fomos nos descobrindo e nos achando, e, o encontro aconteceu agora”, explica Rosangela, filha do Bernardo.

O encontro citado aconteceu em Guriri, que é o local que a Rosangela está morando a trabalho no momento e, lugar aonde a Maria Dolores, 83 anos, que mora em São Paulo e, é uma das irmãs do Bernardo, que é mãe do Damião, chegou para conhecer as sobrinhas. “Nós não sabíamos sobre a tia Dolores, e de nenhum irmão, meu pai foi dado para os outros, acho que ele tinha sete anos, ninguém sabia o paradeiro dos irmãos dele”, fala Rosangela.

Em Guriri, parte da família se reuniu, e a tia Dolores, também esteve na casa das gêmeas, Lia e Lena, que são filhas da Olga, outra irmã do Bernardo, que já é falecida também. “Eu sempre falava com meus filhos que, estava sozinha nesse mundo, sem meus pais, não sabia notícias dos meus irmãos, fomos separados ainda pequenos, eu acho que a última vez que estivemos juntos, eu tinha três anos de idade”, fala dona Dolores.

De acordo com Dolores, além dela e do Bernardo, filhos do mesmo pai e da mesma mãe, tinha a D’Ajuda, que mora em Cotaxé, Ecoporanga, e que ela também passou por lá para reencontrar a irmã e, conhecer os sobrinhos, antes de chegar ao Espírito Santo. “Eu fiquei muito feliz com tudo que aconteceu, para quem achava que estava sozinha sem irmãos, encontrei uma família grande, uma pena não ter dado tempo de rever o Bernardo, que já faleceu, mas, fico feliz em encontrar meus sobrinhos”, fala.

A Dolores conta que, além deles, que são filhos dos mesmos pais, teria a Olga, já falecida e irmã por parte de mão, a Romilda, por parte de pai e, que mora em Sooretama, e o Juveniano, que mora em Jaguaré. “Eu revi todos, foi uma alegria grande, passei dias maravilhosos de muitas risadas e matando a saudade, pretendo voltar um dia, claro!”, diz ela.

O Bernardo, foi casado com a dona Normélia Milagre da Silva Sebastião, que também já é falecida. “Estive com meus sobrinhos, filhos deles, a Rosangela, Weligton, Luciano. Willian, e faltou o Roberto, que mora na Suíça, ainda quero conhecer esse meu sobrinho, fizemos chamada de vídeo e conversamos, um dia isso será pessoalmente”, narra Dolores. “Quando nos separaram, eu não sei aonde morávamos, sei que era um sítio, nossa mãe morreu e, meu pai foi embora, ficamos com os novos donos do sítio. Depois de um tempo, meu pai voltou e nos deu, cada um para uma família, eu, o Bernardo, e a D’Ajuda. Eu tinha três anos de idade, fui dada para uma família de Pedro Canário”, diz.

Além destes sobrinhos já citados, dona Dolores conheceu “Minha tia Dolores pôde saber da nossa existência, através do trabalho feito por uma pessoa chamada Lindalva Barbosa Matos. “Ela realiza esse tipo de serviço pela internet, de reencontrar pessoas que foram separadas, foi a partir daí que a família da tia Dolores, soube da nossa existência”, conta Rosangela.

Depois do reencontro, após visitar estados diferentes e municípios para reencontrar os irmãos, dona Dolores não poupa elogios. “Foi muito bom, conheci tanta gente do meu sangue que, nem sabia que existia, muitos são parecidos comigo, com meus irmãos, nos parecemos demais. Depois de mais de 50 anos, finalmente tivemos nosso reencontro entre irmãos e, a boa novidade que foi conhecer os sobrinhos e familiares. Estou muito feliz”,finaliza dona Dolores.

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