Uma denúncia anônima e o trabalho de investigação do delegado Erick Lopes Esteves, de Vila Valério, município do Norte do Espírito Santo, levou a Polícia a capturar, 21 anos depois do crime, um homem que, em 2004, no bairro Bela Vista, na Serra, matou o próprio cunhado.
Hélio Pereira dos Santos, o denunciado, estava foragido e foi localizado em uma fazenda em Nova Viçosa, no Estado da Bahia. “Quando recebi a informações, cruzei os dados e fiquei até surpreso com a precisão. O alvo fez uma publicação na internet e foi descoberto. Fiz contato com o delegado Ricardo Amaral, de Teixeira de Freitas, que fez diligência ao local e prendeu o Hélio, sem resistência”, diss Erick.
Hélio foi levado para a delegacia e será encaminhado ao sistema prisional, à disposição da Justiça. “A prisão dele mostra o emprenho persistente da Policia Civil do Estado do Espirito Santo em investigar, elucidar e prender os criminosos que atentam contra a vida de outras pessoas”, disse o delegado.
COMO FOI
O crime ocorreu em em 12 de dezembro de 2004, nas proximidades da estrada de Putiri, no bairro Bela Vista, em Serra, na Região Metropolitana de Vitória. A vítima, Antonio Gonçalves, foi morta a facadas pelo seu cunhado, o réu Helio Pereira dos Santos.
A motivação do crime, conforme apurado, foi a vingança. Hélio vingou as constantes agressões físicas que Antônio Gonçalves praticava contra sua companheira, que é irmã de Hélio. No dia do crime, Antonio Gonçalves teria espancado novamente sua companheira, o que motivou a ira do acusado.
Após o ocorrido, Helio Pereira dos Santos confessou a autoria do crime em depoimento à autoridade policial, afirmando ter matado a vítima para defender sua irmã. A irmã do réu e companheira da vítima, M., também declarou que Helio lhe contou ter sido o autor das facadas.
A perícia realizada no local do crime constatou que a vítima foi atingida por seis golpes de faca: um no pescoço, um no braço direito e quatro no abdômen.
O Ministério Público ofereceu denúncia contra Helio Pereira dos Santos pelo crime de homicídio. Inicialmente, o réu não foi localizado para ser citado pela justiça, pois havia se mudado para local incerto e não sabido. Por essa razão, foi citado por edital. Como não compareceu à audiência e nem constituiu advogado, o juiz determinou a suspensão do processo e decretou sua prisão preventiva em 14 de fevereiro de 2006.











