Uma ossada encontrada embaixo de uma árvore, no assentamento Maria Olinda 1, em Pinheiros, na microrregião Nordeste do Estado, a 290 quilômetros de Vitória, pode ser da menina Samanta Teixeira Oliveira Teodoro, 14 anos, que há cerca de seis meses desapareceu no distrito de São João do Sobrado, a 28 quilômetros da sede do município.
Um homem foi quem encontrou os fragmentos de ossos ao passar pelo local, sobre um lajedão de pedras, e avisou a Polícia. Uma guarnição da 19ª Companhia Independente da Polícia Militar foi ao local no final da tarde desta terça-feira (9), demandada pelo Serviço Reservado, e, ao verificar a veracidade da informação, acionou a Polícia Técnica e Científica perícia da Polícia Civil.
Um perito foi ao local, chegando por volta das 20h30, para recolher os fragmentos. No local foram recolhidos o crânio, dois fêmur, arcada dentária, uma parte do couro cabeludo, ossos da costela, um osso de uma das canelas, um sutiã e um vestido de cor preta. Segundo populares que se encontravam no local, a menor estaria trajando um vestido da mesma cor no dia em que ela desapareceu.
Os fragmentos foram encaminhados para Vitória, onde passará por exames de DNA com o objetivo de identificar se são de Samantha.
ENTENDA O CASO
Samantha saiu da casa dos avós no dia 22 de março deste ano, no assentamento Maria Olinda 1, com destino a São João de Sobrado, em companhia de uma colega. Na hora de voltar para casa, elas teriam se desencontrado e Samantha nunca mais foi vista.
A família procurou a polícia no dia 25 de março para denunciar o desaparecimento da adolescente e, segundo parentes, não fez isso antes porque era costume de Samantha ir para a casa de uma prima no distrito às sextas-feiras e somente retornar após o final de semana.
Desde aquela data, o desaparecimento de Samantha tornou-se um mistério para as autoridades. A Polícia Militar e a Polícia Civil colheram informações sobre esse desaparecimento para tentar entender se foi um desaparecimento voluntário, um rapto ou outra coisa mais violenta, mas nada conseguiram de concreto.
Apesar as cobranças da comunidade, as investigações não conseguiam andar e somente agora, com essa ossada encontrada, tem-se alguma informação nova. A Polícia Técnica e Científica vai tentar identificar se houve alguma violência, o que, pelo próprio tempo decorrido, é de difícil conclusão.
Samantha vivia em situação de vulnerabilidade social, segundo informações extraoficiais.
