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Crianças realizam projeto que apoia e discute o uso do selo “livre de crueldade” pela indústria

Cruelty-free em tradução livre significa “livre de crueldade” e refere-se a produtos que não foram testados em animais em nenhuma etapa do processo de desenvolvimento e fabricação. O termo é comumente associado à produção de cosméticos, produtos de higiene pessoal e de limpeza, mas pode se estender a qualquer produto de consumo, como roupas e acessórios.

Empresas que adotam o selo cruelty-free se comprometem a não realizar testes em animais e a utilizar métodos alternativos, como testes in vitro (em laboratório) ou estudos com voluntários humanos, para garantir a segurança e eficácia dos produtos.

Essa é a temática discutida pelos alunos do 5º ano do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado na Zona Sul de São Paulo (SP), no projeto “Cruelty-free: por que escolher este selo?”. O trabalho está sendo orientado pela coordenadora pedagógica Lilian Gramorelli e conduzido pela professora Dezirê Grazioli e faz parte do desenvolvimento do Projeto de Intervenção Social (PIS) da turma, prática pedagógica Marista que promove o diálogo e o protagonismo, permitindo entender as necessidades humanas e sociais, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações contemporâneas.

As crianças estavam estudando sobre “corrida espacial” e notaram que alguns animais haviam sido enviados em missões. Isso levantou a dúvida sobre o uso de animais como “cobaias” em laboratórios, principalmente na indústria cosmética. “A turma começou a questionar sobre a real importância, para a segurança dos humanos, da utilização de animais nesses testes e se havia alguma maneira de fazer uma substituição”, explica a professora Dezirê Grazioli.

Os alunos aprenderam que na indústria farmacêutica, por exemplo, ainda existe a necessidade do uso de seres vivos para testes, mas já existem leis que não permitem a produção de cosméticos que usam animais em testes. Eles realizaram uma pesquisa dentro do próprio colégio e perceberam que muitas pessoas ainda não conheciam que, obrigatoriamente, alguns produtos não podem mais ser testados em animais. Os pequenos resolveram, com apoio da equipe pedagógica, organizar uma “cãominhada” que será realizada em 14 de setembro, no Parque do Ibirapuera, na capital paulista, em que os participantes levarão faixas e cartazes a favor da utilização do selo cruelty-free.

Ao escolher produtos cruelty-free, as pessoas contribuem para um movimento de todo o planeta por práticas mais humanitárias. Isso também incentiva as empresas a adotarem políticas mais éticas e sustentáveis. O selo representa uma escolha consciente de apoiar marcas que se preocupam com o impacto de suas ações no mundo”, afirma a docente.

Algumas marcas cruelty-free estão associadas a práticas mais sustentáveis, como a redução de resíduos, o uso de ingredientes naturais e orgânicos e a promoção de embalagens ecológicas. Produtos com este selo evidenciam que os animais não são submetidos a experimentos dolorosos e muitas vezes cruéis.

“Optar por produtos com o selo cruelty-free é uma escolha que vai além de uma simples compra. É uma ação que promove o respeito pela vida animal, a ciência, e a responsabilidade social e ambiental”, finaliza Dezirê.

Sobre os Colégios Maristas

Os Colégios Maristas estão presentes em 18 estados e no Distrito Federal com 63 unidades. Os mais de 80 mil estudantes recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica alinhada aos desafios contemporâneos. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação. Os Colégios Maristas fazem parte do Marista Brasil, uma rede de colégios e escolas presente em 20 estados brasileiros e no Distrito Federal que atende mais de 97 mil crianças, jovens e adultos. Saiba mais em: maristabrasil.org/

Por Eduardo R. Vella (PG1 Comunicação)

Crianças realizam projeto que apoia e discute o uso do selo “livre de crueldade” pela indústria

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