Viagens internacionais com crianças requerem uma organização maior, tendo em vista as necessidades de adaptação dos pequenos. Segundo informações do Barômetro do Turismo Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), esse tipo de experiência tem duração média de dez dias. Para fazer com que as situações fiquem sob controle, os pais devem realizar um planejamento prévio.
O primeiro passo para essa organização é investir em um cursinho para aprender inglês, considerado língua universal. Independente do destino, o conhecimento no idioma irá facilitar a comunicação.
Levantamento realizado pelo Euromonitor revelou que entre as dez cidades do mundo mais visitadas no ano passado, três tinham o inglês como língua oficial, e as demais se dividiam entre os idiomas turco, francês, espanhol, tailandês e árabe. Na lista estão Istambul (Turquia), Londres (Reino Unido), Dubai (Emirados Árabes), Antália (Turquia), Paris (França), Hong Kong (China), BangKok (Tailândia), Nova York (Estados Unidos), Cancún (México) e Meca (Arábia Saudita), nesta ordem.
Outra alternativa é realizar aulas específicas da língua nativa do país de destino. Quem pretende os países da América Latina, por exemplo, pode fazer um curso de espanhol. Na região, os locais que mais receberam turistas em 2023 foram México, República Dominicana, Colômbia, Argentina, Brasil, Jamaica, Uruguai, Costa Rica, Chile e Peru, nesta ordem, conforme a Organização Mundial de Turismo (OMT).
De acordo com informações da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), o conhecimento da língua local ou do inglês permite o maior envolvimento com o país de destino, facilitando o acesso às informações e melhorando a experiência de adultos e crianças.
Benefícios do aprendizado
Estudo publicado no Journal of Commercial Research concluiu que expor a criança a um novo ambiente, permitindo que ela explore outras culturas, reflete positivamente no desempenho escolar.
Aprender um novo idioma ajuda a melhorar a saúde do cérebro, aumentando as habilidades cognitivas. Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) afirmam que a fase de maior facilidade para o aprendizado é na infância e, por isso, os pais devem incentivar.
Documentação e burocracia exigem atenção
O passaporte válido é exigido em uma viagem internacional para as crianças, como explica o Ministério do Turismo. Com filhos de zero a 12 anos, a certidão de nascimento ou documento de identificação com foto também são obrigatórios. Os pais também devem ter em mão um registro que comprove o parentesco e cópias dos documentos, em casos de perda ou roubo.
Caso a criança esteja acompanhada de apenas um dos responsáveis, a legislação determina a obrigatoriedade de documentação de permissão com três vias registradas em cartório para a realização da viagem internacional. Uma delas fica com o menor, a outra com o aeroporto de origem e a terceira no aeroporto de destino.
Para quem viaja com bebês de colo, as companhias aéreas permitem o uso do carrinho da criança até o momento de embarque, quando o objeto é recolhido e despachado no compartimento de bagagens. Em relação aos assentos, é permitido que os pequenos de até dois anos viajem no colo.
Bagagem de mão deve conter itens essenciais
A organização das malas também deve seguir alguns critérios. Os pais devem separar as roupas apropriadas para o clima do local, assim como acessórios e calçados. Na bagaem de mão devem constar itens essenciais, como fraldas, cobertor, roupas reservas e medicamentos para eventuais emergências.
Para garantir que o trajeto seja o mais confortável possível para a criança, é necessário garantir a alimentação adequada. Segundo informações da BabyCenter, para bebês que tomam fórmulas, é indicado levar as mamadeiras fechadas e com a água já fervida e resfriada. Para as demais, é aconselhável levar frutas, biscoitos e barras de cereais em recipientes térmicos.
Em relação à programação, é importante que os pais pesquisem se os locais recebem crianças, incluindo hotéis, restaurantes e passeios. Um cronograma bem estruturado irá facilitar os dias de viagem e tornar a experiência mais proveitosa, já que as crianças poderão participar das atividades, seguindo seus interesses próprios.