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Censo 2022: IBGE revela composição familiar e óbitos informados na Casa Brasil IBGE

Editoria:
IBGE

| Igor Ferreira

Na manhã desta sexta-feira (25), em evento na Casa Brasil IBGE, localizada no Palácio da Fazenda, na região central do Rio de Janeiro, o IBGE apresentou novas informações coletadas pelo Censo Demográfico 2022. Desta vez foram divulgados dados sobre a composição familiar nos domicílios brasileiros, baseada na relação de parentesco ou de convivência dos moradores com a pessoa responsável pelo domicílio, e os óbitos informados pelos residentes.

O IBGE Digital, no portal do Instituto, e as redes sociais do órgão transmitiram a solenidade, que contou com a participação dos seguintes servidores: João Hallak, diretor-adjunto de Pesquisas; Patricia Vida, diretora-adjunta de Geociências; Gustavo Junger, coordenador do Censo Demográfico; Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises Demográficas; e Marcio Minamiguchi, gerente de Projeções e Estimativas.

Os resultados do Censo 2022 podem ser acessados no portal do IBGE e em plataformas como o SIDRA, o Panorama do Censo e a Plataforma Geográfica Interativa (PGI). Nos dois últimos, a visualização pode ser feita por meio de mapas interativos.

A publicação disponibilizada a partir de hoje contém informações referentes aos domicílios particulares ocupados, permanentes e improvisados, como número de moradores, tipo de domicílio e espécie de unidade doméstica. Isso, considerando o sexo, cor ou raça e grupo de idade da pessoa responsável pelo domicílio. Outro aspecto abordado é o quantitativo dos óbitos ocorridos entre janeiro de 2019 e julho de 2022, de pessoas que haviam residido com moradores dos domicílios particulares. O recorte da pesquisa abrange o Brasil, as Grandes Regiões, as unidades da federação e os municípios.


João Hallak, diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, ressaltou a importância de mais uma divulgação do Censo 2022 – Foto: Marcio Costa

“As informações divulgadas são provenientes do questionário básico do Censo 2022. Em relação à composição familiar, a partir dos dados dos domicílios, são traçadas características das pessoas responsáveis pelas unidades domésticas. A pesquisa aborda a existência de cônjuge ou filhos, que são importantes elementos para um primeiro retrato da composição dos domicílios. Além disso, as unidades domésticas foram classificadas em unipessoais, nucleares, compostas ou estendidas”, explicou João Hallak.

“As estatísticas sobre composição dos domicílios e óbitos são relevantes para a orientação de políticas públicas de enfrentamento da mortalidade, como indicador de saúde da população e desenvolvimento territorial. É fundamental sabermos onde os domicílios estão e onde ocorreram os óbitos informados. Essa dimensão espacial é proporcionada pela integração cada vez maior das informações estatísticas com os dados geoespaciais”, afirmou Patricia Vida.

Patricia Vida, diretora adjunta de Geociências, falou sobre a relação entre as informações estatísticas e os dados Geoespaciais – Foto: Marcio Costa

Gustavo Junger destacou que todas as divulgações do Censo 2022 representam uma conquista da sociedade, devendo ser celebradas. “A realização do Censo Demográfico demanda uma logística extremamente complexa, envolvendo centenas de milhares de pessoas com o objetivo de cobrir um território enorme como o do Brasil. Tivemos ainda outras batalhas, como contra a Covid-19, o subfinanciamento que provocou novo adiamento do Censo 2022, e as notícias falsas, que trouxeram dificuldades inéditas. Esse enfrentamento só foi bem-sucedido com a participação dos técnicos de diversas áreas do IBGE e, principalmente, com os recenseadores, que conseguiram obter informações que irão subsidiar a formulação de políticas públicas ao longo de uma década”.

Gustavo Junger, o coordenador do Censo Demográfico, Gustavo Junger, agradeceu a todos os envolvidos na realização da operação censitária – Foto: Marcio Costa

“As estatísticas referentes aos óbitos informados pelos moradores dos domicílios são diferentes das que constam nos registros vitais. Trata-se de informações declaradas, sujeitas a erros de memória sobre quando aconteceu o óbito ou perda de óbitos dos domicílios unipessoais ao longo do tempo”, observou Izabel Marri.

Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, apresentou os dados sobre óbitos – Foto: Marcio Costa

Marcio Minamiguchi, por sua vez, detalhou os dados relacionados à composição familiar. Ele lembrou que apesar de a análise das unidades domésticas ter como principal variável a relação de parentesco ou convivência, as informações publicadas hoje não configuram um estudo sobre a família. De acordo com ele, os dados completos para se analisar as famílias (nupcialidade e identificação de pai ou mãe no domicílio para todos os moradores) só são investigados no questionário da amostra do Censo. “Houve aumento expressivo na proporção de unidades domésticas sob responsabilidade de alguém do sexo feminino, saltando de 38,7% em 2010 para 49,1% em 2022”, concluiu.

Marcio Minamiguchi, gerente de Projeções e Estimativas do IBGE, comentou sobre os dados referentes à composição familiar – Foto: Marcio Costa

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