― PUBLICIDADE ―

ES: homem e mulher morrem em acidente entre moto na BR 101

  Um homem e uma mulher morreram em um grave acidente envolvendo a moto em que estavam e uma caminhonete Toyota Hilux na noite de...

Capixabas do ‘Águias do Rapel’ sobem Monte Roraima, na tríplice fronteira

Uma aventura e tanto, a uma altura de 2810 metros e, três dias para acessar o topo do monte. Foram dois dias de caminhada na savana, até o acampamento base, que fica aos “pés” do Monte, e um dia de subida da base do Monte, até o topo, passando pelos Passos das Lágrimas, que é um trecho da trilha conhecido pelas cascatas de água que escorrem pelas rochas.

Tudo isso e muito mais histórias cheias de adrenalina, foi realizada por dois componentes do Águias do Rapel, de Nova Venécia, o bombeiro Militar Maychon Amaral, a fotógrafa da equipe, Andréia Mosquem, junto com o Acácio da Silva Garcia, da Bahia, e a Luciana Coradi, de São Mateus, que saíram rumo ao Monte Roraima, na América do Sul, no último 26 de dezembro e, retornaram dia 07 deste mês, completando 12 dias de expedição, no Monte localizado na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.

Ao chegar ao topo, Maychon conta que lá em cima, foram quatro dias conhecendo locais deslumbrantes, como por exemplo, o Rio Contigo, a Pedra Maverick, o Vale dos Cristais, a Tríplice Fronteira, o El Fosso, a Jacuzzis, e a Lá ventana. “Para nossa alimentação, comidas típicas feitas pelos indígenas que nos guiaram, e fomos guiados também, por um indígena Venezuelano, e um brasileiro. Tinha arroz com carne e banana, Sopa no Ano Novo, já que foi o dia mais frio, macarrão com carne moída ou frango, comidas típicas deles, como panquecas e um bolinho que eles chamam de arepa. Os banhos, tomávamos nos rios e piscinas naturais que tinham lá em cima”, fala.

Sobre a temperatura, Maychon conta que, na savana, eles pegaram sol, em cima do Monte, chuva, névoa e frio todos os dias, chegando a temperatura a 8 graus. “Dormíamos em barracas, dentro de quatro cavernas diferentes, que eles chamam de hotel. Lá em cima inchamos muito, devido a altitude, depois que estávamos em solo, demoramos dois dias para desinchar nossos corpos”, pontua.

Para que tudo chegasse lá em cima, a equipe Águias do Rapel contou com, além de guia, carregadores, que levavam tudo para lá: panela, fogão e a mochila de alguém, caso pagassem a eles. Tinha o cozinheiro, que levava botija de gás e toda alimentação para todos os dias, e também, água, e o barraqueiro, que levava nossas barracas e o banheiro que era montado nas cavernas. Lá no Monte não pode fazer o “número 2”, em qualquer lugar, era montado um banheiro portátil e, fazíamos as necessidades em um saco preto com cal, e depois, tudo era juntado e, carregado pelo barraqueiro, contendo o saco, todas as necessidades, tendo descarte em um local específico”, explica.

Valores e preparação

Maychon também relatou que a expedição foi realizada em nome da empresa Águias do Rapel, com intuito de elaborar um documentário feito pelo Acácio. Fizemos isso para captar imagens e entender a logística desse Trekking (expedição), pois vamos abrir uma para quem desejar participar, no final deste ano”, diz.

O bombeiro civil lembra que, o pacote de viagem para acessar o Monte e transpor a fronteira com toda documentação inclusa, custa R$ 7.500 reais. Já passagens aéreas, hotelaria, equipamentos, alimentação, combustível até o aeroporto de vitória, vestimentas, mochilas e outros gastos, custou mais uns R$ 6500, totalizando por volta de uns R$ 14 mil.

“Foram três meses de preparação física, subindo trilhas com mochila equipada com 20 kg, a escadaria da gameleira, foi um dos pontos que mais usamos para treinar”, diz o bombeiro civil, que adianta que, mesmo com todas as dificuldades encontradas, valeu muito a pena, realizar o sonho desta expedição.

spot_img
spot_img
spot_img