O município de Boa Esperança foi elevado à categoria de Distrito em 1949, através da Lei nº. 65.265, de 22 de outubro de 1949, sendo criado anos depois, pela Lei nº. 1.912, de 28 de dezembro de 1963, que foi publicada no Diário Oficial em 4 de janeiro de 1964. O município foi desmembrado de São Mateus e instalado no dia 3 de maio de 1964.
Boa Esperança possui uma ótima topografia sendo em sua maioria plana e, está centralizado entre dois rios (rio do Norte e Itaúnas) que oferecem belas paisagens.
Em novembro de 2018 foi concedido a Boa Esperança, o título de Capital Estadual do Ciclismo (LEI Nº 10.922, DE 12 de novembro 2018) alcançando notoriedade na prática do esporte e abrindo caminhos para o agroturismo e, para políticas ambientais sustentáveis.
O SURGIMENTO
O passado colonial de Boa Esperanaça está ligado diretamente a São Mateus e a Nova Venécia. Essa ligação, dada principalmente pela proximidade das três cidades, fez com que vários acontecimentos se entrelaçassem no decorrer dos tempos entre estes municípios.
Até o final do século XIX, Boa Esperança fazia parte do complexo Serra dos Aimorés, que compreendia ao Norte do Espírito Santo, Nordeste de Minas Gerais e Sul da Bahia, pertencente a São Mateus.
A EMANCIPAÇÃO
João Cypriano de Faria, representante do distrito de Boa Esperança, vereador e presidente da Câmara de Vereadores de São Mateus, foi quem encaminhou o projeto de lei para a Câmara Municipal e levou ao plenário articulando para que houvesse aprovação.
Em 20 de novembro de 1963, a Lei nº 651 foi aprovada por unanimidade na Câmara Municipal de São Mateus, com a criação do município de Boa Esperança, desmembrando de São Mateus. Em seguida, a Lei foi encaminhada para a Assembleia Legislativa para discussão da matéria.
Os deputados estaduais aprovaram a criação do novo município capixaba, e assim, por meio da Lei nº 1.913/63, ficou criado o município de Boa Esperança, desmembrando de São Mateus. O município foi constituído legalmente pelo Governo do Estado em 1º de janeiro de 1964 e instalado em 03 de maio do mesmo ano.
O território definido como constituinte do município de Boa Esperança foi demarcado a partir do morro da Estrela, às margens do braço norte do Rio São Mateus, atual Rio do Norte, dividindo com o distrito de Nestor Gomes até a Cachoeira da Japira, fazendo a divisa com Nova Venécia e Conceição da Barra. Voltando ao morro da Estrela, ligando à cabeceira do Córrego da Lama ou Cinco Voltas, descendo até a foz do Rio Itauninhas. Na ocasião o município de Pinheiros também estava em processo de emancipação, por isso é mencionado Conceição da Barra como sendo limite.
Durante a demarcação, a administração de São Mateus exigia que Boa Esperança fosse limite em Bela Vista, mas as lideranças políticas do novo município não aceitavam e foram até Santa Lúcia (Cinco Voltas), onde queriam que fosse o limite do município para impedir que os engenheiros passassem.
O governador era Francisco Lacerda de Aguiar, que apaziguou a situação, atendendo ao pedido das lideranças políticas de Boa Esperança, mantendo Bela Vista e região nos novos limites, indo contra o desejo do prefeito de São Mateus, Roberto Arnizaut Silvares.











