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Jovem brasileira faz “vakinha online” para financiar eutanásia no exterior

Uma brasileira, com 27 anos, abriu uma “vakinha online” na internet para financiar a última viagem de sua vida: para um País do exterior onde possa dar fim à sua própria vida por meio de suicídio assistido.

Carolina Arruda, uma estudante de veterinária de 27 anos, lida diariamente com a neuralgia do trigêmeo, uma condição sem cura que causa a “pior dor do mundo”, de acordo com a ciência.

Recentemente, a jovem viralizou ao compartilhar sua jornada no TikTok, onde expõe as crises que enfrenta com tanta frequência que a impede de fazer qualquer atividade.

Eu sinto dor 24 horas por dia. Nos últimos dois anos, piorou muito. Só consigo ficar em pé por alguns minutos, não consigo trabalhar ou estudar. Meu marido é quem me dá banho“, conta Carolina nas redes sociais.

Devido às restrições legais no Brasil sobre a eutanásia e o suicídio assistido, que pode ser considerado homicídio doloso para quem realizá-lo, Carolina tomou a difícil decisão de buscar o procedimento no exterior e para isso abriu uma vakinha online.

[Eu] Busco apenas paz e alívio. [A eutanásia] está mais relacionada com empatia, com fornecer uma morte digna para a pessoa. Se fosse legalizada no Brasil, eu já teria feito”, conta a jovem.

Entenda o que é a Neuralgia do Trigêmeo

A neuralgia do trigêmeo é uma condição neurológica crônica que causa dores excruciantes no rosto que se manifestam como crises frequentes e podem ser desencadeadas por atividades simples do dia a dia, como falar, mastigar, ou até mesmo tocar no rosto.

Essa dor é causada por uma disfunção do “nervo trigêmeo”, o quinto nervo craniano, responsável por transmitir sensações do rosto ao cérebro. Quando ocorre essa disfunção, o nervo é estimulado de forma anômala, causando repetidas dores agudas.

Condição não tem cura e tratamentos são pouco eficazes

Os tratamentos para as dores causadas pela condição são muito escassos e, em geral, pouco eficientes.

Mas para trazer alívio ao paciente podem ser usados medicamentos, como analgésicos e anticonvulsivantes, bloqueio nervoso, uso de canabidiol e em casos mais graves, a cirurgia de descompressão vascular.

Tratamentos para dores crônicas são paliativos

De acordo com o neuro-ortopedista e especialista no tratamento de dor, Luiz Fеlipе Carvalho, os tratamentos para casos de dores crônicas são focados em reduzir a intensidade ou frequência das crises e tornar a vida do paciente um pouco mais tranquila.

“Os tratamentos para dores crônicas são muito importantes para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas focam apenas em reduzir a intensidade e frequência das crises, não em uma cura definitiva. A depender do tipo de dor crônica e da sua causa podem ser usados vários medicamentos ou técnicas como fisioterapia, acupuntura, células tronco, massagens, cirurgias e acompanhamento mental para ajudar no controle da percepção da dor”, explica Luiz Felipe Carvalho.

O médico é Diretor do Departamento de Tratamento com Uso de Células Tronco do CPAH – Centro de Pesquisa e Análise Heráclito – e possui um profundo conhecimento sobre os modernos procedimentos cirúrgicos da coluna vertebral e também trabalha com técnicas minimamente invasivas.

É diplomado pela Academia Americana de Medicina Regenerativa (AABRM), e pelo grupo Latino Americano ORTHOREGEN. Atualmente está estruturando o serviço de Medicina Regenerativa na Cidade de São Paulo para tratamentos de artrose e de dores crônicas osteomusculares.

Luiz Felipe Carvalho é ortopedista especialista em coluna vertebral e medicina regenerativa e neurociências. Já tratou grandes atletas como o jogador de futebol Rodrigo Dourado e o Ferreirinha, do Grêmio, além do tenista argentino naturalizado Uruguaio Pablo Cuevas, que faz tratamento com célula tronco desde 2017 melhorando muito sua performance avançando no ranking desde então.

CASAL BRITÂNICO vai morrer junto

Nesta semana, um casal britânico convocou a família para comunicar que se mudaria para a Suíça para se submeter ao suicídio assistido. A mulher, de 80 anos, está entrando em processo de demência sênil e o marido, de 86 anos, não se vê em condições de cuidar dela e nem quer vive sem a esposa, com quem está casado há mais de quatro décadas.

Os britânicos Christine e Peter Scott, de 80 e 86 anos, escolheram morrer juntos em uma “cápsula da eutanásia” na Suíça após a esposa ser diagnosticada com demência em estágio inicial. Casados há 46 anos, os dois dizem esperar que a decisão dê força à campanha pela legalização da morte assistida no Reino Unido.

Em entrevista ao tabloide britânico Daily Mail, os dois disseram ter receio de depender do “falido” sistema público de saúde do Reino Unido (NHS, equivalente ao SUS) e acabar gastando todo o dinheiro que juntaram ao longo da vida para pagar pelos cuidados de Christine. Os filhos, segundo o casal, respeitaram sua decisão “relutantemente”.

‘Tivemos vidas longas, felizes, saudáveis e realizadas’, diz Peter. Mas a velhice, completa o engenheiro aposentado, “não traz nada de bom para você”. “A ideia de assistir à lenta degradação das habilidades mentais de Chris e, paralelamente, ao meu próprio declínio físico é horrível para mim. Não quero ir para um asilo, ficar deitado na cama babando e com incontinência — não chamo isso de vida”.

Christine conta já ter planejado seus últimos dias ao lado do marido. A enfermeira aposentada diz que quer caminhar com Peter pelos Alpes Suíços, comer “um belo prato de peixe” e beber uma garrafa de vinho merlot ao som de Wild Cat Blues, de Chris Barber, e The Young Ones, de Cliff Richard. As músicas são especiais para o casal, que se apaixonou à primeira vista em um clube de jazz. (

Com informações de UOL Notícias

Saiba quem é e por que jovem brasileira faz “vakinha online” para financiar eutanásia no exterior

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