O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reabriu nessa quarta-feira, 21, a Casa Brasil IBGE, situada no Palácio da Fazenda, centro do Rio de Janeiro (RJ). O espaço ficou fechado por conta da Conferência Nacional dos Agentes Produtores e Usuários de Dados e voltou com nova programação visual, contando com um mapa interativo e um totem inflável gigante com um mapa-múndi com o Brasil no centro da projeção.
O evento foi transmitido online pelo IBGE Digital, e acompanhado presencialmente por ibgeanos e ibgeanas, alunos de escola pública e autoridades nacionais e internacionais, como uma comitiva de nove pessoas do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Moçambique, incluindo a presidente Eliza Magaua, o cônsul adjunto do Japão, Yoshitaka Kinoshita, o cônsul-geral do Japão, Keisute Takahashi, a representante do UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas), Nádia Olinda Vaz, o professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Adair Rocha, e o analista do Banco Central, Guilherme Billio.
No evento, foram apresentadas as perspectivas do IBGE sobre avanços no Sistema Nacional de Geociências, Estatísticas e Dados (SINGED), e após a realização da Conferência da Era Digital, evento do Instituto realizado em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) no início do mês, que reuniu mais de três mil participantes, 600 palestrantes e 350 instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais no Rio de Janeiro, para debater soberania de dados e tecnologia.
Foi apresentado, na Casa Brasil IBGE, o Relatório Primeiros Meses – Parte 2, com os destaques de avanços de janeiro a agosto em cada área do IBGE, de diretorias e coordenações-gerais, passando por assessorias e pela presidência. O evento também marcou, simbolicamente, o período de um ano da nova gestão do Instituto, completados no último domingo, 18.
Em sua fala, Pochmann ressaltou que “a Casa Brasil IBGE é uma iniciativa de apresentar à sociedade brasileira tudo que é realizado pelo Instituto ao longo dos anos, disseminando o conhecimento de um órgão que apresentará 314 pesquisas em 2024, com um conjunto de informações enormes sobre o Brasil, para que a sociedade se aproprie destes dados a ponto de conhecer a realidade do nosso país e, sobretudo, informar as políticas públicas em curso, cujo objetivo é enfrentar a realidade, transformando-a para melhorar a vida do povo brasileiro”.
O presidente do IBGE ainda evidenciou o papel que o SINGED terá após a Conferência, de “cumprir a missão estratégica e institucional do Instituto de retratar a realidade nacional e avançar na cooperação internacional, somando esforços dos ibgeanos e ibgeanas, assim como pesquisadores e usuários de dados, membros da sociedade civil e gestores públicos”.
A superintendente regional de administração do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos no Estado do Rio de Janeiro, Maria Ângela Carnaval, responsável pela administração do Palácio da Fazenda, local que abriga a Casa Brasil IBGE, explicou que “o IBGE foi um presente que ganhamos, pois não imaginávamos que seria um sucesso e que aprenderíamos tanto a respeito do trabalho do Instituto, além do que é realizado no Censo. Com este contato mais próximo, conheci melhor o trabalho do IBGE por meio do serviço com os estudantes, e com a Casa Brasil IBGE o prédio ficou ainda mais bonito”.
Ivone Lopes Batista, diretora da Diretoria de Geociências (DGC) do IBGE, destacou a reabertura da Casa Brasil IBGE e seu papel para a divulgação do Instituto: “esse espaço é de primeiro contato com as pesquisas e trabalhos do IBGE, pois temos um material histórico rico e uma diversidade de informações com muita qualidade em nossos sites, por exemplo”. Batista também destacou os avanços da DGC destacados no relatório: ”viemos apresentar os avanços na área de Geociências do Instituto, principalmente na área ambiental e geoespacial. Todos os tipos de ocupação territorial estão representados em nossos serviços geoespaciais. Tivemos avanços nas bases territoriais aderentes às operações censitárias, como territórios quilombolas e indígenas”, disse Ivone.
A diretora de Pesquisas do IBGE, Elizabeth Hypólito, frisou a importância de dar visibilidade ao trabalho realizado pela nova gestão do Instituto nos primeiros meses de 2024, e das inovações como o SINGED. “Nós nos dedicamos a estas inovações sem deixar de nos preocuparmos com as divulgações, como as do Censo Demográfico. Isso sem deixar de focar em projetos voltados ao Rio Grande do Sul e o Censo Agropecuário. Discutir as oportunidades e os riscos da Era Digital nos fará avançar nas pesquisas. Conciliamos as inovações com o que já é feito pela Casa”.
nossos serviços geoespaciais. Tivemos avanços nas bases territoriais aderentes às operações censitárias, como territórios quilombolas e indígenas”, disse Ivone.
Coordenador-geral do Centro de Documentação e Disseminação de Informações e Coordenação de Comunicação Social (CDDI CCS), Daniel Castro explicou que o objetivo da Casa Brasil IBGE é reposicionar a marca do Instituto, e aproximá-lo das pessoas. “Em vez de falar só de Censo, é importante tratar de temas mais transversais, e o IBGE precisava ter um espaço como este aqui no Rio de Janeiro, com um modelo mais voltado a um museu”, explicou Castro.
O coordenador-geral do CDDI CCS ainda citou a abertura de outras Casas IBGE nas cidades de Recife (PE) e Fortaleza (CE). “Na capital pernambucana, o local tem o objetivo de ser um think thank com a Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), realizando lá debates e cursos de estatísticas, estando mais próximo de quem comanda os projetos de desenvolvimento da região Nordeste. Em Fortaleza, o objetivo é de uma área mais inovadora, firmando parcerias com a IPECE (Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará), com o Banco do Nordeste e o Governo do Estado do Ceará. Atualmente, esta região é um centro de inovação”, completou o coordenador.
Representando o coordenador-geral da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) do IBGE, Paulo Jannuzzi, o coordenador-adjunto César Marques ressaltou que a ENCE é a escola estatística mais antiga de funcionamento na América Latina, funcionando com graduação e pós-graduação há pelo menos 25 anos. Segundo Marques, no Relatório foram apresentados avanços da Escola como o “início das trilhas normativas na ciência de dados para agentes públicos e privados, com projetos mais amplos voltados ao Censo, para gestores públicos, buscando disseminar o conhecimento a estes gestores. Realizamos cursos de SIDRA e webnários com o hub de big data, tratando de temas como o uso de dados de telefonia móvel, focando não só no Brasil, mas internacionalmente”.
Roberto Sant’Anna é gerente de Relações Internacionais do Instituto e entregou às autoridades internacionais presentes um kit dos materiais produzidos pelo IBGE, contendo a Agenda 2030 e os relatório dos primeiros meses da atual gestão do Instituto, destacando a importância da colaboração do IBGE com outros órgãos de pesquisa no mundo. “Estamos recebendo nesta semana a delegação do INE de Moçambique e uma representante do UNFPA no país africano para discutirmos o projeto de realização do 5º Recenseamento de População e Habitação em Moçambique, que será realizado em 2027. O Instituto tem como uma das suas atividades a cooperação entre os países sul-sul, como alguns da África, como Cabo Verde, Costa do Marfim, Moçambique e Senegal”.
O coordenador de Atendimentos (CDDI/COATI), Emerson Dias, relatou que “a ideia da Casa Brasil IBGE surgiu no aniversário do Instituto, buscando nos aproximar da sociedade. O IBGE é muito mais que o Censo, os estudantes, quando visitam o local, descobrem que o Instituto é muito mais que o Censo. Já foram mais de 1500 visitantes, três oficinas, envolvendo estudantes da rede pública e alunos universitários conhecendo o trabalho da Casa”.
Danielle Barreiros, gerente da Biblioteca, Informação e Memória (CDDI/GEBIM) complementou que o local é “um espaço de democratização para o cidadão brasileiro aproveitar e sentir-se em casa. O IBGE é muito mais que o Censo, temos diversas pesquisas muito importantes e nesse espaço, estas pesquisas são divulgadas”.
Assista aqui ao evento completo.
Serviço:
Casa Brasil IBGE
Entrada: gratuita
Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 10h às 16h
Endereço: Andar térreo do Palácio da Fazenda, localizado na Av. Presidente Antônio Carlos, 375 – Centro (RJ).
Visitação: Para visitas escolares, com grupos de alunos e professores, é necessário o credenciamento prévio e o agendamento deve ser feito por meio de preenchimento de formulário disponível no site da Casa Brasil IBGE.
Editoria:
IBGE
| Breno Siqueira
