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O mês de junho teve este ano a maior média de área queimada no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registrada...

Comunidade de pescadores de Aracruz recebe unidade experimental de aquaponia

Uma unidade experimental de aquaponia acaba de ser implantada na comunidade de pescadores de Lajinha, no município de Aracruz. A iniciativa é do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e visa a avaliar o potencial desse sistema de produção integrada de peixes e vegetais como alternativa de trabalho e geração de renda para os moradores da região. 

Inicialmente, a unidade vai produzir tilápia e alface. O modelo aquapônico em estudo é de pequeno porte e de baixo custo. Com uma área de 140 metros quadrados, conta com um tanque de 7 mil litros e um espaço de cultivo de hortaliças protegido com sombrite. 

Para o início do estudo, o tanque recebeu 500 alevinos na última semana. Na aquaponia, os peixes são alimentados com ração e liberam dejetos ricos em nutrientes, que são bombeados para onde estão as hortaliças. As raízes das plantas, cultivadas sem solo, se alimentam dos nutrientes e ainda purificam a água, que retorna para a parte onde os peixes são criados.

A unidade é a segunda a ser implantada por meio do projeto “Diversificação agropecuária através da aplicação de tecnologia de produção de peixes em aquaponia em comunidades tradicionais do Espírito Santo”.

A primeira está em funcionamento na aldeia indígena de Areal, também em Aracruz. A partir dela, a capacidade de produção anual do modelo foi estimada em 4 mil pés de alface e 266 quilos de tilápias.

Responsável pelo projeto, o zootecnista do Incaper Rafael Azevedo avalia que o primeiro experimento apresenta resultados satisfatórios e mostrou os ajustes que precisam ser feitos para que o modelo em estudo seja aprimorado. 

“A partir dessa primeira experiência, a unidade de Lajinha já foi desenhada para ser mais eficiente em termos de gasto energético e material”, conta Azevedo. De acordo com o zootecnista, a meta é aperfeiçoar ao máximo a tecnologia, para que ela possa ser uma opção viável e sustentável para as comunidades tradicionais diversificarem suas atividades. Mas a intenção também é recomendá-la a outros públicos.

“Esse é um modelo que atende desde agricultores familiares até grandes produtores. A unidade é modular, podendo ser expandida ou retraída para atender aos objetivos do público-alvo”, explica Rafael Azevedo.

As unidades do projeto cumprem ainda o papel de difundir a aquaponia na região em que estão inseridas. A de Areal já tem sido usada para capacitações de públicos interessados em conhecer o funcionamento do sistema.

“Procuramos mostrar as vantagens desse sistema, como o fácil manejo e a redução de custos com recursos hídricos e fertilizantes, possibilitada pela recirculação de água e nutrientes”, ressalta o zootecnista.

O projeto é financiado pelo Banco de Projetos de Pesquisa (Fase II) da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes). Ao final dos estudos, as unidades permanecerão nas comunidades contempladas.