As investigações foram, inicialmente, sobre armazenamento de vídeos e outros materiais de pornografia infantil, mas, no final, o que a equipe da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente e Idoso (DPCAI) de Nova Venécia descobriu foi muito pior e prendeu, nesta terça-feira (26), um auxiliar de serviços gerais de 52 anos.
O homem é suspeito de violentar sexualmente uma sobrinha-neta, por quase 15 anos, desde que ela tinha cerca de quatro anos de idade, pelo que ela se lembra. A vítima, atualmente com 18 anos, procurou a delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência relatando os abusos que sofreu durante toda a infância.
A moça afirmou que foi vítima de atos libidinosos que se estenderam até quando ela tinha 14 anos. O crime, entretanto, pode ter começado quando ela tinha apenas um mês de vida, pois a família relatou que, nesta época, o investigado foi flagrado tocando na vítima por baixo de uma coberta. Na ocasião, ele afirmou que estava cuidando dela. A jovem também relatou que o investigado tirava fotos íntimas dela e de outras crianças da família.
“Diante dos relatos, iniciamos a investigação e solicitamos à Justiça um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, bem como autorização judicial para acessar os aparelhos que viessem a ser encontrados. A diligência foi realizada nesta terça-feira (26) e a equipe policial encontrou, em um cômodo ao lado do quarto do suspeito, diversos dispositivos eletrônicos e de armazenamento, incluindo um computador de mesa”, relatou a titular da DPCAI de Nova Venécia, delegada Amanda Oliveira.
A apreensão totalizou um computador de mesa, três celulares, um tablet e sete HDs externos, além de vários CDs. O conteúdo do computador, que estava logado no nome do investigado, era uma vasta coletânea de vídeos e fotos com conteúdo pornográfico infantil. Entre as imagens, havia flagrantes de conjunção carnal.
“Ele foi conduzido para a delegacia e autuado em flagrante pelo crime previsto no artigo 241B do Estatuto da Criança e do Adolescente, que é armazenamento de imagens contendo pornografia infantil. Este crime é hediondo e inafiançável e ele já foi encaminhado ao sistema prisional. Os equipamentos foram encaminhados para a perícia da Polícia Científica e, se ficar comprovado que é ele nos vídeos, o investigado vai responder por cada estupro de vulnerável que vier a ser identificado. Em paralelo, a investigação sobre a denúncia da sobrinha-neta segue em andamento”, afirmou a delegada Amanda Oliveira.










