Foto: Paulo Sena / SEAMA
Desde essa segunda-feira (18), acontece no auditório do Sebrae, na Enseada do Suá, o 1º Simpósio sobre Manguezais do Espírito Santo – SIM Mangues, com o tema “Um olhar para o futuro”. O evento, que segue até esta quarta-feira (20), reúne rodas de conversa, apresentações e debates sobre ações locais e nacionais voltadas para a preservação desse ecossistema vital, conhecido como o berçário da vida marinha.
Vitória, capital capixaba, tem um dos manguezais em área urbana mais importantes do Brasil, destacando-se como um cenário ideal para a realização do simpósio. Para a secretária estadual em exercício do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Fernanda Rabelo, o encontro é essencial para ampliar os cuidados com esse rico ecossistema.
“É uma prioridade do Governo do Estado construir pontes com a sociedade organizada, com a academia e as comunidades que cuidam diariamente dos manguezais. O simpósio vai aproximar esses olhares e fomentar soluções sustentáveis”, afirmou Fernanda Rabelo.
O evento destaca a importância do manguezal não só para o equilíbrio da vida marinha, mas também para a economia sustentável. Segundo a gerente de Biodiversidade e Biotecnologia da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), Thais Volpi, o simpósio abre espaço para relatos de catadores, comunidades tradicionais quilombolas e indígenas, setor empreendedor e governo, além de pesquisadores e empresas que promovam a restauração ambiental ou adotem práticas de pagamento por serviços ambientais (PSA).
Na abertura do evento, foram apresentados dados que revelam a convergência entre o conhecimento tradicional e a ciência: cerca de 70% das informações populares sobre o manguezal coincidem com estudos acadêmicos. Além disso, foram discutidas políticas públicas, como o PAN Manguezal, o Plano de Ação Nacional para Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção, e o investimento de R$ 8,5 milhões do Fundo Social de Apoio à Agricultura Familiar (Funsaf), previsto para 2024.
O simpósio também aborda temas de vanguarda, como o potencial dos manguezais para créditos de carbono azul e biodiversidade. Esse é um dos focos das mesas-redondas que acontecem nesta terça-feira (19), juntamente com debates sobre o mapeamento e a conservação dessas áreas. A iniciativa busca integrar diferentes atores em uma rede colaborativa de preservação.
Além dos debates, o evento promove uma verdadeira imersão sobre o mangue, resgatando aspectos históricos e propondo soluções inovadoras para o uso sustentável dos recursos naturais. Entre os participantes estão especialistas, representantes dos setores público e privado, e membros das comunidades que vivem e dependem desse ecossistema.
O SimManguES segue até esta quarta-feira (20), encerrando com minicursos que oferecem atividades práticas e educativas aos participantes. A expectativa é de que o evento se consolide como um marco para a proteção e uso sustentável dos manguezais capixabas, contribuindo para o fortalecimento da pesca, aquicultura e outras atividades fundamentais para o desenvolvimento econômico e ambiental do Espírito Santo.
Sob a Coordenação Geral da Seama, o evento é realizado em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Espírito Santo e conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e BW Energy, tendo surgido de uma demanda do Fórum Manguezais, cuja Secretaria Executiva é vinculada à Seama.
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