Peaky Blinders é uma das séries mais marcantes da última década. Ambientada em Birmingham, na Inglaterra do pós-guerra, a trama mistura política, crime, família e ambição com uma estética impecável e atuações memoráveis.
Criada por Steven Knight, a produção conquistou uma legião de fãs ao redor do mundo, tanto pela força de seus personagens quanto pela intensidade das histórias que se entrelaçam ao longo das seis temporadas.
Mas quem são os nomes por trás desse fenômeno? O que torna o elenco de Peaky Blinders tão autêntico e inesquecível? E quais personagens sustentam o peso dessa narrativa?
A família Shelby: o coração da série
No centro da trama está a família Shelby, dona da gangue Peaky Blinders, que domina os bairros industriais de Birmingham com mãos firmes e mente estratégica.
Thomas Shelby, interpretado magistralmente por Cillian Murphy, é o líder e cérebro do grupo. Inteligente, calculista e ambicioso, Tommy é um homem que carrega traumas da guerra e usa o poder como forma de tentar controlar seu destino, e o de todos ao seu redor.
Ao lado dele está Arthur Shelby, vivido por Paul Anderson, o irmão mais velho e o mais instável dos Shelby. Violento, impulsivo e atormentado por sua própria consciência, Arthur representa o conflito entre o dever e o arrependimento.
Completando o núcleo familiar, está Polly Gray, interpretada pela inesquecível Helen McCrory. Tia e matriarca dos Shelby, Polly é o alicerce emocional da família, uma mulher de pulso firme e visão afiada para os negócios. Sua presença é essencial para equilibrar o temperamento dos sobrinhos e manter o império Shelby de pé.
Outros nomes importantes incluem John Shelby (Joe Cole), o irmão mais jovem e leal, e Ada Shelby (Sophie Rundle), a irmã rebelde que busca escapar do mundo criminoso da família, mas que, inevitavelmente, é puxada de volta para o jogo.
Personagens que roubaram a cena
O universo de Peaky Blinders vai muito além dos Shelby. A série apresenta uma galeria de personagens secundários tão fortes quanto os protagonistas.
Um dos mais icônicos é Alfie Solomons, interpretado por Tom Hardy. O judeu carismático e imprevisível é um dos grandes trunfos da trama, oscilando entre aliado e inimigo, sempre com falas afiadas e imprevisíveis.
Outro personagem marcante é Michael Gray (Finn Cole), filho de Polly, que começa como um jovem ingênuo e termina como um dos maiores opositores da própria família. Seu arco é um dos mais complexos, refletindo as tensões internas entre lealdade, ganância e poder.
Há ainda figuras como Lizzie Stark (Natasha O’Keeffe), que evolui de prostituta a esposa de Thomas Shelby, mostrando um crescimento emocional e social impressionante, e Inspector Campbell (Sam Neill), o policial obstinado que se torna o grande inimigo dos Shelby nas primeiras temporadas.
O elenco por trás do sucesso
O sucesso de Peaky Blinders não seria o mesmo sem a entrega total do elenco. Cillian Murphy dá vida a Thomas Shelby de forma magnética, sua postura fria, olhar penetrante e voz controlada transformaram o personagem em um ícone da televisão moderna.
Já Paul Anderson, com sua intensidade brutal e vulnerabilidade genuína, fez de Arthur Shelby um dos personagens mais complexos e amados da série.
Helen McCrory, por sua vez, trouxe uma força feminina impressionante à trama. Sua atuação como Polly Gray é uma das mais elogiadas de toda a produção, e sua ausência nas últimas temporadas deixou um vazio sentido tanto pelos personagens quanto pelos fãs.
O elenco coadjuvante também brilha: Sophie Rundle, Tom Hardy, Finn Cole, Natasha O’Keeffe e Sam Neill entregam performances que equilibram carisma e profundidade. Cada um deles ajuda a construir o universo caótico e elegante dos Shelby, onde cada olhar e cada silêncio têm peso dramático.
Por que Peaky Blinders conquistou o público
Mais do que uma série sobre gangues, Peaky Blinders é um retrato sobre ambição, lealdade e os limites do poder. A ambientação nos anos 1920 é impecável, dos figurinos à trilha sonora, tudo foi pensado para contrastar o passado histórico com uma estética moderna e intensa.
A direção de arte sombria, o uso de música contemporânea (como Arctic Monkeys e Nick Cave) e os diálogos cheios de tensão criam uma atmosfera única. Cada episódio é uma mistura de drama, ação e introspecção, onde as emoções dos personagens são tão explosivas quanto as guerras que enfrentam.
