O que muda com a TV aberta 3.0?
A TV 3.0 introduz um salto na resolução de imagem, passando do Full HD (1.920 x 1.080 pixels) para o 4K (3.840 x 2.160 pixels) e, em alguns casos, até o 8K (7.680 x 4.320 pixels). Além disso, a tecnologia de Alto Alcance Dinâmico (HDR) proporcionará cores mais vivas, melhor nitidez e contrastes superiores.
No som, os avanços também serão significativos. A nova tecnologia permitirá uma experiência de áudio imersivo, semelhante ao som de cinema, com maior profundidade e envolvência.
Outro destaque é a interatividade, que será integrada ao conteúdo via conexão com a internet. Recursos como participação em enquetes ao vivo, escolha de ângulos de câmera em eventos esportivos e compras diretas de produtos exibidos na programação são apenas algumas das possibilidades que devem estar disponíveis aos telespectadores.
Acesso e inclusão
Embora a TV aberta 3.0 seja gratuita, o uso de funcionalidades interativas dependerá de uma conexão com a internet, disponível em 91,5% dos lares brasileiros, segundo dados do IBGE de 2023. No entanto, 6,4 milhões de residências ainda não têm acesso à rede, o que levanta preocupações sobre inclusão digital.
Outro ponto é a necessidade de conversores para os aparelhos de TV não compatíveis com o novo padrão. O governo estuda a possibilidade de distribuir esses dispositivos gratuitamente para famílias de baixa renda, como ocorreu na transição da TV analógica para a digital.
Características da TV aberta 3.0
De acordo com o Decreto de Evolução da TV Digital no Brasil, as principais novidades incluem:
- Qualidade audiovisual: transmissões de até 8K, com suporte para HDR;
- Versatilidade na recepção: tanto fixa quanto móvel;
- Integração de plataformas: combinação de conteúdo via radiodifusão e internet;
- Interface inovadora: baseada em aplicativos;
- Segmentação de conteúdo: adaptado à localização e preferências dos usuários;
- Eficiência no uso do espectro: garantindo melhor transmissão e serviços auxiliares.
Além disso, a TV aberta 3.0 promete ampliar o acesso a conteúdos culturais, educativos e informativos de forma mais personalizada e interativa.
Cronograma de implantação
O Ministério das Comunicações espera definir a tecnologia até o final de 2024. A partir disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar um decreto para oficializar o cronograma de transição. A implementação será gradual, começando pelas grandes cidades e avançando para outras regiões nos anos seguintes.
Olhar Digital