A Secretaria de Controle e Transparência (Secont), por meio da Subsecretaria de Controle, tem realizado as novas auditorias internas em Órgãos do Estado do Espírito Santo, já com base na certificação nível 2 do modelo internacional do IA-CM, que mede a capacidade da auditoria.
Uma das últimas auditorias internas realizadas pela Secont aconteceu no sistema prisional do Estado do Espírito Santo. Na Secretaria da Justiça (Sejus), a auditoria foi realizada em 21 unidades prisionais da Região Metropolitana da Grande Vitória e no interior do Estado para a avaliação do processo de custódia das pessoas privadas de liberdade.
O objetivo da Auditoria foi avaliar o processo de custódia de presos, sendo entrevistados servidores de todos os setores envolvidos no processo, para conhecimento do fluxo e riscos envolvidos. “Trabalhar em um universo tão complexo como o da Sejus é muito interessante e desafiador. A Secretaria da Justiça sempre correspondeu muito bem aos nossos trabalhos de Auditoria de gestão”, ressaltou a auditora Eunice Mollo, que fez parte da equipe de Auditoria, composta também pelas auditoras internas Isabela Amorim, Maria Goretti Alves e Tatiana Thomaz.
As verificações aconteceram em alguns macroprocessos do sistema prisional, como triagem, vigilância na estrutura física da unidade prisional, visita social, transferência/escolta de pessoas presas ou custodiadas, e fiscalização de monitoramento eletrônico. A coordenadora da Unidade Executora de Controle Interno (UECI) da Secretaria da Justiça (Sejus), Patricia Gomes da Costa, frisou que, com as auditorias, a gestão pode avaliar com mais clareza os indicadores de desempenho, bem como os riscos que algumas atividades oferecem, além de propor adequações.
O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, salientou que o Espírito Santo ocupa uma posição de destaque no cenário nacional, no que tange o trabalho realizado na custódia das pessoas privadas de liberdade. “Podemos afirmar que as auditorias auxiliam, e muito, nos resultados obtidos pela Secretaria da Justiça, uma vez que identificam as deficiências nos controles internos e permitem uma análise de risco dos fluxos realizados, com a proposta de correção das deficiências. É um trabalho que contribui com as estratégias realizadas e que agrega valor à nossa gestão”, disse Pacheco.
A partir da auditoria, a Secont realiza o monitoramento do plano de ação proposto pela SEJUS para mitigar os riscos e sanar os problemas identificados. “Foram aplicadas nessa auditoria às práticas do nível 2 do modelo IA-CM, entre as quais pode-se citar a utilização de Normas e Manuais institucionais, o que torna os trabalhos padronizados. Além disso, cabe mencionar a realização de testes que focaram nos riscos dos processos auditados e também a demonstração das evidências das constatações. A auditoria da Sejus foi selecionada pelo grupo de avaliadores do IA-CM, que observaram que o trabalho atendia às exigências do nível 2, o que contribuiu para a certificação da Secont”, acrescentou a auditora e coordenadora de Auditoria de Gestão Governamental (CAUG), Isabela Amorim.
Todas as auditorias são realizadas de acordo com o Plano Anual de Auditoria e Controle.
Sobre o IA-CM
Desde fevereiro de 2024, o Espírito Santo alcançou a certificação do nível 2 do Modelo de Capacidade de Auditoria Interna. Além do Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Ceará e Paraíba receberam a certificação do novo modelo de auditoria.
Desenvolvido em 2009 pelo Instituto dos Auditores Internos (IIA), com o apoio do Banco Mundial, o Modelo IA-CM analisa o serviço e o papel da auditoria interna, o gerenciamento de pessoas, as práticas profissionais, a prestação de contas e a estrutura de governança empregada. O método de trabalho prevê a realização de uma autoavaliação, a melhoria contínua e o estabelecimento de um plano evolutivo, além da institucionalização de processos.