― Advertisement ―

spot_img

“É hora de ir além das palavras”. É o que mostra novo Relatório do WIM Brasil

Dados do 4º Relatório do Women in Mining Brasil (WIM Brasil), elaborado em parceria com a EY, mostram que 90% das empresas de mineração...

Dia da Consciência Negra é feriado?

Municípios pernambucanos recebem apoio para impulsionar o desenvolvimento regional

Localizadas no semiárido pernambucano, as cidades de Dormentes e Petrolina receberam, nesta quinta-feira (11), ações do Governo Federal que irão impactar diretamente no desenvolvimento social e econômico da população dos dois municípios e cidades vizinhas. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Marcelo Moreira, inauguraram o primeiro abatedouro de caprinos e ovinos, em Dormentes, e o Centro de Tecnologia e Aperfeiçoamento na sede da 3ª Superintendência Regional da empresa pública.

Para o abatedouro de caprinos e ovinos em Dormentes, foram investidos R$ 6 milhões. O frigorífico tem capacidade para abater até 200 animais por dia, com técnica que diminui o sofrimento animal. A expectativa é gerar até R$ 4 milhões ao mês para a economia da região.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado de Pernambuco possui um rebanho de ovinos (ovelhas e carneiros) superior a 3 milhões, e o município de Dormentes é o maior produtor, com 330 mil cabeças. Os números refletem a relevância dessa produção para a economia local.

Para realizarem o abate dos animais corretamente até hoje, os produtores tinham que se deslocar para outras localidades. Apesar de os caprinos e ovinos serem criados em Dormentes, a certificação do produto era obtida em outros municípios. Isso aumentava o custo para o produtor local, impactando no preço da carne para o consumidor.

O ministro Waldez Góes ressaltou que o investimento para reduzir desigualdades sociais e regionais é prioridade para o presidente Lula. “O abatedouro de caprinos e ovinos tem uma correlação direta com a inclusão. Pernambuco tem mais de três milhões de cabeças de ovinos e caprinos, e, só aqui em Dormentes, é possível ultrapassar mais de 500 mil cabeças. Então o potencial é imenso, mas durante séculos os nordestinos desta região e de outras sobreviveram sem tecnologia, sem inovação, sem os equipamentos necessários para agregar valor”, destacou Waldez.

“Com esse abatedouro, tenho certeza de que o desenvolvimento vai acontecer. A ideia dos produtores é abastecer bem aqueles que consomem em Dormentes, mas pode sonhar em ser fornecedor para outras regiões, aumentando a capacidade de produção”, prosseguiu o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional.

Certificação

O Abatedouro de Dormentes recebeu, em maio, a certificação da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro). O equipamento foi submetido a uma série de análises de condições sanitárias antes de receber o alvará de funcionamento.O produtor rural, Josimar de Macedo, tem 32 anos e, desde quando tinha 15, atua no setor. “É uma região boa para trabalhar nessa área de ovinos e caprinos,e essa melhoria será satisfatória demais pra gente. Com a chegada do frigorífico, estou certo de que nossa produção vai ficar maior e com mais qualidade, agregando mais valor ao produto”, comentou Josimar.

 

‌Além do abate de animais, no frigorífico, serão feitos diversos produtos a partir da carne dos caprinos e ovinos, como linguiça, hambúrguer e sarapatel (prato produzido através das vísceras do animal).

O equipamento conta com estrutura física e tecnológica para garantir a qualidade e higiene da carne. Antes de ser abatido, é realizada no animal uma avaliação para atestar as condições de consumo dos caprinos e ovinos. O abate é feito de forma humanizada e rápida, para atenuar o sofrimento deles e preservar a qualidade da carne, uma vez que o estresse causado em outras formas de abate afeta diretamente o sabor da carne.

‌Centro de Tecnologia e Aperfeiçoamento

Em Petrolina, o ministro Waldez Góes e o diretor-presidente da Codevasf, Marcelo Moreira, inauguraram o Centro de Tecnologia e Aperfeiçoamento, com investimento de R$ 5,4 milhões, na sede da 3ª Superintendência Regional da Codevasf. O objetivo é criar oportunidades de qualificação profissional, preparando a mão de obra local para os desafios do mercado de trabalho atual, que exige cada vez mais habilidades técnicas e digitais.

O prédio é composto de auditório com disponibilidade de 320 assentos, salas para reuniões, ambientes administrativos, copa-cozinha, espaços de convívio e confraternização, banheiros e vestiário.

O ministro Waldez Góes aproveitou o momento para exaltar o papel da Codevasf, que em 16 de julho, completa 50 anos. “É uma empresa vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, que faz com excelência o papel de aumentar o desenvolvimento das regiões mais necessitadas, seja no apoio para garantir segurança hídrica, na construção de arranjos produtivos. Dessa forma, estamos atendendo uma exigência do presidente Lula, que é incluir o pobre no orçamento e desenvolver os locais mais carentes”, comentou Waldez.

A infraestrutura do Centro de Treinamento e Aperfeiçoamento reunirá espaços adequados para a execução de atividades de desenvolvimento profissional, educacional, científico e cultural, com ênfase no processo, no aprendizado e na circulação de conhecimento. E dispõe de salas para cursos, oficinas, exposições, videoconferências, reuniões e convivência; auditório, pátios, todos em estrita observância às normas técnicas de ergonomia, acessibilidade e segurança.

O centro funcionará, ainda, como um polo de inovação, incentivando a criação de negócios diversos. “O ambiente propício ao empreendedorismo, aliado ao acesso a recursos tecnológicos, facilitará o desenvolvimento de soluções criativas e eficientes para os problemas locais. O estímulo à inovação não apenas diversifica a economia regional, mas também atrai investimentos e fortalece a competitividade das empresas locais”, destacou o diretor-presidente da Codevasf, Marcelo Moreira.

Fonte: MIDR

O primeiro abatedouro de caprinos e ovinos deve gerar até R$ 4 milhões ao mês para a economia da região. (Fotos: Júnior Rosa/MIDR)O primeiro abatedouro de caprinos e ovinos deve gerar até R$ 4 milhões ao mês para a economia da região. (Fotos: Júnior Rosa/MIDR)

spot_img