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Mudanças climáticas: IJSN apresenta estudo comparativo entre Espírito Santo e New South Wales sobre a temática

O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) apresentou, no último mês, uma análise comparativa entre as políticas públicas de mudanças climáticas adotadas pelo Espírito Santo e pelo estado de New South Wales, na Austrália. A análise parte da constatação do avanço capixaba na agenda climática e busca compreender como esses dois entes federativos, mesmo com realidades distintas, se posicionam globalmente frente aos desafios da descarbonização.

A análise foi elaborada e apresentada pela pesquisadora Giseli Modolo V. Machado, que integra a pesquisa de avaliação do Programa de Mudanças Climáticas, desenvolvida no âmbito do Sistema de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (SiMAPP), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).

A escolha de New South Wales como referência internacional se deu pelas similaridades estratégicas com o Espírito Santo, como explica a pesquisadora: “Ambos os estados ainda mantêm significativa dependência de fontes não renováveis de energia, especialmente o carvão, e possuem forte atuação nos setores agrícola e de mineração. Esses pontos em comum permitiram uma análise aprofundada das estratégias, políticas e instrumentos de governança adotados em cada território”, destacou Gisele.

A análise destaca ainda, que embora existam bases semelhantes, cada estado apresenta particularidades relevantes. A pesquisa avança ao comparar não apenas as agendas políticas, mas também os mecanismos de monitoramento utilizados para avaliar planos e projetos relacionados à redução de emissões e ao enfrentamento das mudanças climáticas.

Entre os principais desafios identificados tanto no Espírito Santo quanto em New South Wales estão a carência de pessoal especializado, limitações impostas por legislações complexas e em constante atualização, além da necessidade de ampliar a participação da comunidade nos processos decisórios. Esses fatores, segundo a análise, influenciam diretamente a efetividade das políticas climáticas.

Por outro lado, foi possível identificar facilitadores importantes que contribuem para o avanço das ações de descarbonização. A liderança e o apoio institucional, especialmente nos municípios, foram apontados como fundamentais para o fortalecimento das estratégias de mitigação. A capacitação técnica surge como outro elemento essencial. Nesse sentido, o Espírito Santo se destaca por desenvolver programas que promovem a sustentabilidade no nível local — iniciativas que poderiam inspirar ações semelhantes em New South Wales.

Outro ponto relevante é o papel do acesso à informação. A pesquisa reforça que sistemas eficientes de comunicação e disseminação de dados qualificam a atuação dos setores público e privado, além de estimular a participação social em temas relacionados ao clima.

A análise foi apresentada à pesquisadores australianos da Universidade de Wollongong. O encontro ficou registrado como um momento de oportunidade para o intercâmbio de experiências e para o aprimoramento contínuo dos planos de descarbonização, fortalecendo a importância de mecanismos de monitoramento das políticas climáticas, etapa essencial para garantir avanços consistentes rumo a um futuro mais sustentável.

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