Numa entrevista coletiva nesta quarta-feira (29), ao lado de três delegados da região, o chefe da Polícia Civil do Espírito Santo(PCES), José Darcy Arruda (foto da capa), reconheceu uma elevação, fora da curva, no número de homicídios na região Norte do Estado.
E destacou que “a maioria dos crimes” trata-se de crimes de proximidade – quando cometido por amigo ou parente.
O painel de homicídios da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) demonstra que, neste primeiro mês de 2025, os crimes contra a vida despencaram no Sul do Estado, mas dispararam na parte Norte, compreendida pelas superintendências e e Comandos de Policiamento Ostensivo Norte (sediados em Aracruz) e Noroeste (Colatina).
Até a última terça-feira (28), o Estado registrou 68 homicídios, mesmo número do mesmo período no ano passado.
Na Região Metropolitana foram 29 contra 33 em 2024, queda de -12,1%; no Sul, quatro em 2025 contra sete em 2024, queda de -42,9%; região Serrana, apenas um este ano, contra cinco no ano passado, queda de -80%.
Como contraponto, no Norte (Fundão a Pedro Canário, pelo litoral) registrou 24 em 2025 contra 19 em 2024, aumento de 26,3%.
Desse total, 18 homicídios foram entre Linhares (nove) e São Mateus (seis), com Soretama (dois) e Jaguaré (um) completando.
Aracruz vem em seguida com três e Fundão com dois. Rio Bananal teve um.
A pior situação é no Noroeste, com dez este ano contra quatro no ano passado, aumento de 150%.
Sem contar que os corpos encontrados nos primeiros dias do ano em Barra de São Francisco ainda não entraram na estatística, devido a não conclusão dos inquéritos policiais indiciando homicídios.
A pequena Governador Lindenberg, com pouco mais de 11 mil habitantes, teve o pior desempenho, com dois homicídios. Mesmo número de Colatina.
Os outros foram em Barra de São Francisco, Nova Venécia, Boa Esperança, Montanha, Baixo Guandu e Água Doce do Norte, um em cada município.
“Fizemos operações de apreensões de armas em Fundão, Sooretama e São Mateus para evitar esses crimes de proximidade”, disse Arruda, como resposta à sociedade.
