Foto: Giovani Pagotto/Governo-ES
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, participou, nesta quarta-feira (10), do evento “O Papel do Fundo Clima no Financiamento dos Estados Brasileiros”, realizado na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro (RJ). O encontro teve a presença do presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, e de outros três governadores de estados que fazem parte do Consórcio Brasil Verde, que é presidido pelo mandatário capixaba.
No encontro, foram detalhadas as condições do Fundo Clima e do Programa BNDES Invest Impacto. O objetivo foi estimular a elaboração de projetos estaduais que possam ser financiados pelo banco e tenham como foco a mitigação das mudanças climáticas. Segundo Casagrande, é fundamental os estados terem formas de financiamentos para que possam criar seus planos de adaptação às mudanças climáticas e de descarbonização, além de realizar investimentos em obras de mitigação.
“Para os estados e municípios, o fortalecimento do Fundo Clima é um caminho importante, porque nós já temos linhas de financiamento de outras instituições e a inclusão do BNDES vai permitir mais avanços, inclusive, atendendo ao setor produtivo. Afinal, todos nós temos algumas tarefas, como realizar a transição energética, ampliar o reflorestamento e instituir mecanismos de combate ao desmatamento. Por isso, é importante conhecer as condições e as linhas que serão oferecidas pelo banco”, comentou o governador capixaba.
O Consórcio Brasil Verde, presidido pelo governador capixaba, é formado por 15 entes federados que fazem parte do Governadores Pelo Clima, uma iniciativa do Centro Brasil no Clima (CBC). Os estados signatários são: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Sergipe. Casagrande também destacou a importância do Consórcio Brasil Verde no cumprimento das metas do acordo de Paris.
“Para a gente alcançar as metas estabelecidas não podemos só ficar cobrando do Governo Federal. Como governantes dos estados, precisamos dar a nossa contribuição, ajudando na busca desses objetivos. Mesmo que agora o Governo Federal tenha um destaque nessa área, não nos cabe nos afastarmos do tema. Cabe a nós, por meio do Consórcio, continuar avançando e colaborando com um assunto que é de interesse do planeta”, enfatizou Casagrande.
Durante o evento, o presidente do BNDES destacou que o Fundo Clima deve chegar a R$ 10,4 bilhões com as novas condições anunciadas em abril deste ano. O fundo é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima e está vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.
“O Consórcio Brasil Verde tem um papel muito relevante. Nós enfrentamos durante muito tempo o negacionismo climático que eu acho que está derrotado pelas evidências. Então, nós estamos à disposição para fazer a parceria necessária e ver como a gente pode contribuir tanto em estruturação de projetos de infraestrutura, energia e logística, como na parte da indústria e agricultura em linha com uma economia mais sustentável. Além de contribuir nas situações de urgência e emergência de construção. Estamos juntos para estar contribuir no que for necessário”, disse Aloizio Mercadante.
O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, apresentou o Fundo Clima aos governadores e secretários estaduais presentes. Além de Casagrande, estavam presentes os chefes dos Executivos estaduais de Sergipe (Fábio Mitidieri) e da Paraíba (João Azevêdo). Na sequência, o representante do Governo do Ceará apresentou o projeto “Eixão das Águas” e o secretário de Economia e Planejamento do Espírito Santo, Álvaro Duboc, fez uma apresentação sobre a Adaptação do Litoral Capixaba às Mudanças Climáticas.
O Programa BNDES Invest Impacto possibilita que os governos estaduais apresentem um conjunto de investimentos e, depois, submetam o detalhamento técnico dos projetos individuais para aprovação do Banco. A solução possui condições favoráveis para projetos que reduzam vulnerabilidades socioeconômicas e promovam a mitigação e/ou adaptação às mudanças climáticas.