― Advertisement ―

spot_img

STF mantém condenação de Fernando Collor na Lava Jato

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (14) manter a condenação do ex-presidente Fernando Collor a 8 anos e 10 meses de...

Galeria Homero Massena recebe exposição ‘Micélio – entre o fim e começo de tudo’

A Galeria Homero Massena recebe, a partir do dia 20 de agosto, a exposição “Micélio – entre o fim e começo de tudo”, da artista visual Kyria Oliveira. A exposição é uma instalação de esculturas têxteis de feltro que busca compor um ambiente no espaço da galeria, a partir das imagens e simbologias do cogumelo e do ninho enquanto narrativas poéticas. A instalação pretende provocar uma reflexão sobre a construção do mundo que habitamos e a atual crise climática resultante da transformação humana enquanto um agente geológico de mudanças globais.

 

“Para desenvolver o projeto, foi preciso mergulhar na cultura ancestral da feltragem da lã, uma técnica reivindicada por várias culturas, como os povos Sumério, Palestino e Asiático. O retorno a uma técnica milenar é um exercício de salvaguarda de saberes e modos de existências que nos constituem. Os ninhos-cogumelos surgem do imaginário, como um arcabouço para o nascer, e que nos convida a olhar para o alto e mergulhar no fascinante universo da vida”, salienta Kyria Oliveira.

 

“Já os cogumelos nos induzem a olhar para o chão, uma alusão à morte e à regeneração. Os cogumelos são os corpos frutíferos dos fungos que é visível aos nossos olhos. A maior parte do organismo fungi está crescendo no subsolo e é composto por longos fios que crescem em uma célula por vez. Eles se ramificam em todas as direções e essa massa de fios é chamada de micélios.

Existe uma corrente científica que acredita que o micélio, ao se ramificar embaixo da terra, cria um canal de comunicação na floresta. Eles ligam as árvores umas às outras e, com isso, podem trocar nutrientes entre elas”, conta a artista.

Ela cita o livro “Mycelium Running”, de Paul Stamets, que afirma que o micélio se mantém em constante comunicação com o ambiente onde se encontra, desenvolvendo diversas respostas enzimáticas e químicas para qualquer desafio que apareça. “Por meio dele, os fungos respondem a seu ambiente, procuram comida e se defendem. Nesse contexto, acredita-se que as plantas reconhecem seus iguais e se ajudam mutuamente. Independentemente de qualquer comprovação científica e da veracidade desse pensamento, é inspirador imaginar que a floresta se protege onde a humanidade falhou”, disse. 

 

Artista

Kyria Oliveira é artista visual, natural de Minas Gerais, se mudou para o Espírito Santo ainda criança, onde se estabeleceu. Graduada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a artista, experimental por natureza, trabalha com obras que dialogam entre o único e o múltiplo, entre o bastardo e o nobre, tendo como tema recorrente o estudo da casa e do morador.

Em 2023 participou da Bienal Internacional de Arte de Macau, “Vila Nova de Cerveira Pavilion”. Foi artista convidada da XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira, Portugal (2022); selecionada para a Galeria de Arte Nello Nuno, em Ouro Preto-MG, com o projeto Liames. Participou da exposição Crea Zona Oberta, MUXART, Espai d”Art i Creació Contemporanis, Barcelona, Espanha (2021) e da exposição Doações ao Museu Bienal de Cerveira, Vila Nova de Cerveira, Portugal (2021).

Foi Premiada na XXI Bienal Internacional de Cerveira, Portugal, com o Prêmio Aquisição (2020); recebeu Menção Honrosa na VI Bienal de Valência Ciutat Vella Oberta, Espanha (2019); recebeu o “Premio Lorenzo il Magnifico” na XII Bienal de Florença, Itália (2017). Entre 2016 e 2018, foi Coordenadora da Galeria Homero Massena, em Vitória, e Museu do Colono, em Santa Leopoldina.

 

Curadora

 

Clara Pignaton é arquiteta urbanista e atua como pesquisadora do campo, a partir de suas implicações culturais e estéticas. As investigações teóricas das quais se ocupa perpassam questões, como a apropriação do espaço, as relações entre arte, território e natureza, os princípios formais da expressão arquitetônica e as próprias práticas historiográficas da arte e da arquitetura. Trabalha também com a cerâmica como um meio para ampliar os estudos sobre a expressão artística. Atualmente, se dedica à concepção, curadoria e produção de projetos culturais coletivos que tangenciam suas pesquisas.

 

 

Serviço:

 

Exposição Micélio – “Entre o fim e começo de tudo”

Abertura: 20 de agosto de 2024

Horário: das 18h às 21h
Local: Galeria Homero Massena

Rua Pedro Palácios, 99, Cidade Alta, Vitória – ES

Período de visitação: 21 de agosto a 19 de outubro de 2024
Horários: Segunda a sexta, das 09 às 18h. Quartas-feiras, das 10h às 20h. Sábados e Feriados, das 10h às 16h.

Classificação: Livre para todos os públicos
Entrada gratuita

 

spot_img