Dezenas de galões contendo gasolina, etanol e óleo diesel furtados por uma quadrilha especializada em desviar o produto de postos de gasolina para venda no mercado paralelo.
As investigações da Polícia Civil continuam para verificar possível conexão com o crime organizado. Duas pessoas foram presas – o motorista de um caminhão tanque, de 45 anos, e um funcionário do galpão, de 26 anos.
O proprietário do galpão não foi localizado no local, mas está identificado e será intimidado a prestar depoimento.
A operação foi feita pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil do Espírito Santo.
A ação ocorreu em um galpão localizado no bairro Jardim América, em Cariacica. Ao todo, foram apreendidos cerca de 18 mil litros de combustíveis diversos, entre gasolina, diesel e álcool.
MAIS LUCRO DO QUE DROGAS
Reportagem publicada pelo glogo.com, no contexto dos conflitos da Polícia com traficantes da Cidade Alta nesta quarta-feira (12), revelou que o crime organizado no Brasil lucra mais com a venda ilegal e contrabando de combustíveis e bebidas do que com o tráfico de cocaína.
As informações são de um estudo divulgado nesta quarta-feira (12) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Os grupos criminosos acumularam uma receita acima de R$ 146 bilhões anuais a partir de 2022 com combustíveis, bebidas, cigarro e ouro. Já a droga gerou receita de R$ 15 bilhões.
Em primeiro lugar está o setor de combustíveis, com um total estimado pelo estudo do FBSP de R$ 61,5 bilhões, o que representa 41,8% da receita do crime organizado, segundo o relatório.
São 13 bilhões de litros comercializados ilegalmente todos os anos, com perdas fiscais de R$ 23 bilhões.
De acordo com o FBSP, esse montante de 13 bilhões de litros daria para abastecer toda a frota de veículos do país por três semanas completas (mais de 500 milhões de carros, considerando um tanque médio de 50 litros), sem interrupção.
Entre os principais atos ilícitos envolvendo a economia do crime de combustíveis estão a adulteração (acrescentando solventes ou outras substâncias ao combustível para diminuir o custo e obter lucro), roubo de cargas e de dutos, bombas fraudadas, postos piratas, venda sem emissão de nota fiscal, fraudes em operações interestaduais, empresas de fachada e desvios em importações e exportações. (Da Redação)