― Advertisement ―

spot_img

Waldez Góes defende incluir Agricultura Irrigada no Eixo Água Para Todos do Novo PAC

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, revelou, durante a 48ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), ser...

DENGUE: DF está entre as 10 unidades da federação com tendência de queda nos casos da doença

O Distrito Federal está entre as 10 unidades da federação com tendência de queda no número de casos de dengue. Desde o começo do ano, 219,5 mil pessoas foram infectadas pela doença no DF. Na 15ª semana epidemiológica (período de 7 a 13 de abril), as autoridades de saúde contabilizaram 3,2 mil casos — enquanto na semana anterior, havia 8 mil casos.

As outras unidades com tendência de queda são: Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

As informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde, durante o colóquio “Avanços e Perspectivas no Enfrentamento à Dengue”, promovido pela pasta, nesta quarta-feira (17), na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), em Brasília (DF). Na reunião, o Ministério atualizou o cenário epidemiológico da dengue no país e debateu ações para prevenção e controle da doença. 

Desde o começo deste ano já foram registrados 3,3 milhões de casos de dengue em todo o país. Até agora, o Ministério da Saúde já confirmou 1,4 mil mortes pela doença. Mas, segundo a Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério, Ethel Maciel, o pico da epidemia já ficou para trás. 

“Neste momento, passamos pelo pico. Subimos a montanha e agora estamos descendo. Mas nessa descida ainda precisamos continuar em alerta”, afirma Ethel Maciel. 

Para isso, o paciente diagnosticado não pode descuidar da hidratação, “o que pode ser feito pelos serviços de saúde e também dentro de casa”, explica a secretária. 

Segundo gestores e especialistas em arboviroses presentes no encontro, a tendência de queda está relacionada ao fator climático, já que o país se aproxima do período mais seco e frio do ano — condições menos propícias para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Ao longo de 40 anos, o período médio de duração das epidemias sempre variou entre 20 e 22 semanas. 
A professora Loane Perdigão, moradora do setor Noroeste, em Brasília, teve dengue no começo deste ano. Ela conta quais foram os primeiros sintomas: febre alta e dores muito intensas no corpo. Quando o exame de sangue constatou a infecção e as plaquetas começaram a cair, Loane precisou ser hospitalizada. 
“É algo que nunca tinha sentido, uma dor insuportável no corpo todo, além do mal-estar”. Loane ainda faz um alerta: “As pessoas têm que se cuidar, passar repelente, ter cuidado com o lixo, com o armazenamento da água. Se fizermos uma boa campanha, teremos uma redução dos casos de dengue — é o autocuidado e o cuidar dos outros”.

Pacientes e médicos: atenção ao 4º dia da doença

Apesar da alta incidência dos casos e da necessidade de combate ao mosquito Aedes, a dengue é uma doença que pode ser prevenida. E, para evitar a forma grave, o tratamento rápido e adequado é fundamental. A secretária Ethel Maciel explica que a dengue tem suas fases: “uma inicial com muita febre e uma segunda fase — às vezes sem febre — mas é nesse momento que os sinais de alerta podem aparecer e a pessoa precisa procurar o serviço de saúde”. 

“Queria aproveitar para alertar os profissionais de saúde — não só a população — para prestarem atenção no quarto e quinto dia. A pessoa chega ao serviço de saúde, relatando que teve um diagnóstico de dengue e está se sentindo com enjoo, vômito, algum sangramento. [O profissional deve] Ficar atento porque é um caso de dengue, que está ficando grave”. 

Sintomas (Fonte: Ministério da Saúde)

Os sintomas mais frequentes da dengue são febre alta e dor de cabeça, mas é quando esses sinais começam a ir embora, que outros começam a aparecer, como:

●    vômitos;
●    dor abdominal;
●    tonturas ao se levantar;
●    sangramento na gengiva e no nariz. 

Gestantes e pessoas com comorbidades e doenças crônicas precisam estar atentos a qualquer sintoma — e procurar imediatamente ajuda médica. A mesma recomendação do Ministério da Saúde vale para pais e responsáveis de crianças pequenas que apresentarem algum desses sinais

Cuidados precisam continuar

Mesmo com a tendência de queda no número de casos registrados no DF, a população não pode descuidar. A eliminação dos criadouros de mosquito Aedes aegypti continua sendo a melhor forma de prevenção contra a dengue. Por isso, o Ministério da Saúde preconiza que apenas 10 minutos semanais são suficientes para vistoriar a casa e acabar com os possíveis criadouros do mosquito transmissor. Confira alguns cuidados:

●    Olhar garrafas, pneus, calhas, caixas d’água;
●    Verificar o recipiente atrás da geladeira e climatizador;
●    Inspecionar plantas e pratos que acumulem água;
●    Verificar todo e qualquer local que tenha possibilidade de ter água parada;
●    Telas e proteções nas janelas também são indicadas, além dos repelentes.

Para mais informações sobre a dengue e sobre as formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito.

Foto: Paulo Pinto/Agencia BrasilFoto: Paulo Pinto/Agencia Brasil

spot_img