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Colatina registra 1ª morte por febre oropouche no Estado em 2025

Nessa segunda-feira (19), a Secretaria da Saúde (Sesa) confirmou o primeiro óbito por Oropouche no Espírito Santo neste ano de 2025, e o segundo desde o início dos casos no Estado, que se iniciou em 2024. O caso é de um paciente de 52 anos, com histórico de hipertensão e cardiopatia, residente de Colatina.

O óbito ocorreu em 16 de janeiro deste ano, e a confirmação do vírus feita por meio do exame de RT-PCR.

A Sesa informou, entretanto, que os óbitos suspeitos pela doença passam por investigações epidemiológicas e laboratoriais minuciosas, utilizando diferentes métodos para eliminar possíveis causadores e confirmar, de fato, o Oropouche.

Os primeiros casos de Oropouche no Estado foram detectados em abril de 2024, e o primeiro óbito pela doença confirmada em 10 de dezembro daquele ano. Em 2025, o Espírito Santo soma 6. 524 casos confirmados de Oropouche e um óbito, com taxa de letalidade de 0,01%.

A Febre do Oropouche é uma doença infecciosa causada pelo vírus do Oropouche, do gênero Orthobunyavirus. O vírus Oropouche foi isolado no Brasil pela primeira vez na década de 1960, predominantemente na região Amazônica. Recentemente, tem sido encontrado com mais frequência em diversos estados, devido a maior disponibilidade de exames diagnósticos.

Embora muitas vezes confundido com a dengue devido à similaridade dos sintomas, seu vetor principal é o mosquito Culicoides paraenses, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, que se prolifera em águas estagnadas e pode ser encontrado tanto em áreas silvestres quanto urbanas.

Os sintomas da Febre do Oropouche incluem:

  • febre, geralmente com temperatura entre 38 e 39,5 °C
  • dor de cabeça
  • dores musculares e nas articulações
  • erupções cutâneas que são alterações na aparência da pele como vermelhidão e inchaço
  • tontura e calafrios
  • sensibilidade à luz (fotofobia) que pode provocar desconforto ou dor nos olhos
  • náuseas e vômitos
  • diarreia
  • em alguns casos, meningite (viral) e hemorragias

Os sintomas aparecem geralmente de quatro a oito dias após a infecção e podem durar até duas semanas.

Tipos

Existem dois ciclos de transmissão da Febre do Oropouche:

  • ciclo silvestre: envolve animais como hospedeiro, ou seja, eles abrigam o vírus, que causa a doença, dentro do corpo. Os mosquitos do tipo Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus são os vetores, por isso, carregam e transmitem a doença de um ser vivo para outro
O infográfico mostra como acontece a infecção da febre Oropouche no organismo humano, com animais como hospedeiro. O mosquito, conhecido como maruim, carrega a doença para humanos, após picar animal infectado. Com sintomas em até oito dias.
  • ciclo urbano: humanos são os principais hospedeiros que carregam o vírus em seu organismo. E o mosquito Culicoides paraensis é o vetor, o que significa que ele carrega a doença para outros indivíduos, que podem se infectar após serem picados. O mosquito Culex quinquefasciatus também pode transmitir o vírus oropuche
O infográfico mostra como acontece a infecção da febre Oropouche com humanos como hospedeiro. O mosquito, conhecido como maruim, carrega a doença para outros indivíduos, após picar uma pessoa infectada. Os sintomas podem durar até duas semanas.
O diagnóstico da Febre do Oropouche é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais. Conforme a fase da doença, os seguintes exames laboratoriais são indicados:

  • fase aguda, que dura de dois a sete dias após o começo dos sintomas: RT-PCR
  • a partir do quinto dia, após o início dos sintomas: testes sorológicos

Não existe um tratamento específico para a Febre do Oropouche. O manejo da doença se concentra principalmente no alívio dos sintomas. Isso pode incluir a administração de analgésicos para dor e febre, além de hidratação (em média dois litros por dia para indivíduo adulto) e repouso. O acompanhamento com o(a) médico(a) clínico geral ou infectologista é essencial para monitorar a evolução dos sintomas.

As principais medidas preventivas contra a Febre do Oropouche incluem:

  • evitar locais com acúmulo de lixo e água parada
  • aplicar repelentes nas áreas expostas da pele
  • manter ambientes limpos e livres de criadouros de mosquitos, como água parada
  • instalar telas em portas e janelas para impedir a entrada de mosquitos

*Com informações de Einstein Brasil


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