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Caso Ramona: vai a júri motorista que bebeu, dirigiu e provocou acidente que causou morte

Denunciado pela 9ª Promotoria de Justiça Criminal de Vila Velha pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio duplamente qualificados, o motorista Wilker Wailant, que bebeu, dirigiu e provocou um acidente que terminou em morte na avenida Carlos Lindenberg, vai ser levado ao Tribunal de Júri depois de ser pronunciado pela Justiça nos autos do processo que apura o episódio.

Em março de 2020, o réu dirigia um veículo em alta velocidade e sob efeito de álcool na Avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha. Ele perdeu o controle do veículo e invadiu a pista contrária, atingindo um poste semafórico, um ônibus, um automóvel e uma motocicleta, pilotada por Ramona Bergamini Toledo. Ramona morreu em razão das lesões causadas pela colisão e a motorista do automóvel atingido sofreu graves ferimentos e foi encaminhada ao hospital.

O Ministério Público denunciou o réu pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio duplamente qualificados — meio que gerou perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas —, nos termos dos arts. 121, §2º, III e IV, c/c 14, II, e 121, §2º, III e IV, do Código Penal.

Prisão

O réu chegou a ser preso em flagrante no dia dos fatos, mas a prisão foi revogada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O MPES recorreu da decisão e sustentou que, após o cumprimento de diligências requisitadas pelo órgão para a apuração do ocorrido, verificou-se que os elementos colhidos, muitos deles após da decisão do STJ, “apontaram, induvidosamente, para a ocorrência de delitos dolosos e hediondos”.

Para o MPES, o motorista, ao, intencionalmente, conduzir um veículo em alta velocidade e estando sob influência de álcool, utilizou-se de meio que sabia que poderia gerar perigo comum, expondo a risco um número indeterminado de pessoas, incluindo motoristas e pedestres que transitavam ou estavam próximos à via, além dos passageiros do ônibus também atingido na colisão.

Denúncia

Conforme consta na denúncia, as vítimas tiveram a defesa dificultada, pois se encontravam com os veículos parados em um semáforo, sem esperar que pudessem ser atingidas de forma súbita.

Após as colisões, o denunciado se recusou a soprar o bafômetro, mas apresentava hálito etílico e sinais visíveis de embriaguez, conforme diversos elementos informativos colhidos na investigação, inclusive depoimentos de médicos, enfermeiros e socorristas.

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