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Capixaba que mora na Suíça trabalha em famosa empresa fabricante de relógios

Por Cíntia Zaché

Lá está ele, Roberto Da Silva Sebastião, 53 anos, “cria” de Nova Venécia, nascido ali, no Córrego da Serra, e agora, morando na Suíça, trabalhando na Officine Panerai, do grupo Richemont, uma multinacional especializada na fabricação de relógios.

O veneciano faz parte da equipe da manutenção elétrica da empresa, e mora em Neufchâtel, na Suíça, situada em uma colina de 430 metros de altitude sobre o nível do mar, que no inverno, chega a temperatura bastante baixas. “La Brévine, aqui perto onde moro, já fez menos 40 abaixo de zero. Estamos localizados às margem do lago de Neuchâtel. Este País é muito lindo, eu adoro morar aqui, tudo funciona: saúde, infraestrutura, educação. Também, tem gente de vários tipos de nacionalidade aqui, é um lugar incrível, muito bonito”, fala.

Roberto conta que chegou ao País, que é famoso também, justamente pela fabricação de relógios, em 2003. “Eu estava morando ai no Brasil em Morro de São Paulo. Conheci a minha ex-esposa e, resolvemos que eu viria para cá, e estou até hoje. Se eu dia sair daqui, irei para o Brasil ou Portugal, mas, gosto muito desse lugar, é fantástico viver aqui”, descreve.

A Officine Panerai, que é aonde veneciano trabalha, é uma empresa italiana, fabricante de relógios de pulso de luxo, fundada em Florença em 1860, sendo os relógios fabricados em Neuchâtel. “Estou completando 20 anos na empresa, quando fiz 10 anos, fui para Milão, na Itália, e lá fui presenteado com um relógio, entregue pelo CEO, na época, Angelo Bonati. A viagem foi toda paga pela empresa, ganhei este presente”, explica.

Estando no País europeu, Roberto conta que aprendeu outras línguas, como por exemplo, o francês e o italiano. “Lá em Morro de São Paulo, eu aprendi um pouco do Espanhol também”, relata.

» “Aqui perto onde moro, já fez 40 graus abaixo de zero, mas, no verão dá para aproveitar o lago Neufchâtel”, comenta Roberto
» Quando completou 10 anos na Officine Panerai, Roberto viajou para a Itália e ganhou um relógio fabricado pela multinacional, entregue pelo CEO da empresa na época, o Angelo Bonati

Filhos e a relação com Nova Venécia

Antes de ir para a Suíça, Roberto já era pai do Jhones, 33, que mora em Vitória. Lá, com sua hoje, ex-esposa, ele teve o Pablo, 18, e o Adriano, 16. “Eu vou a Nova Venécia a cada dois anos, adoro, não perdi minhas raízes, a casinha do meu pai é algo que tenho muito carinho, sinto saudade dos amigos, da minha família, e claro, da comida brasileira. Não sou um cozinheiro cinco estrelas, mas, aqui faço nossos pratos, uma carne de panela, moqueca, feijoada, não fico sem. Ano que vem chego ai novamente, quero levar os meus filhos, vamos de férias”, conta.

Filho de Bernardo Sebastião e Normélia Milagre da Silva Sebastião, ambos já falecidos, irmão de Rosangela, Weligton, Luciano e Willian, Roberto estudou na escola Romeu Cardoso (Anexo), ali no final da rua Ernesto Ayres Farias, unidade que era conhecida carinhosamente, com nome de “Grupinho”, e teve como professoras, Laudir Zaché, que foi quem o alfabetizou, e Maria José Turini. Após, foi estudar na EMEF Claudina Barbosa e na EEEM Dom Daniel Comboni . “Trabalhei com meu pai, ele era pedreiro, aprendi muito com ele. Quando vou ao Brasil, falando a verdade, até engordo (risos). Nossa comida não tem igual, o feijão tropeiro, com arroz, vinagrete, uma galinha no fogão a lenha, mocotó, coxinha, quibe, eu não deixo de comer não, aproveito. Tem coisas que aí são diferentes, o brasileiro é um povo alegre que, mesmo quando está ruim, está bom! A cultura aqui é diferente, mais fechada, mas, gosto muito as Suíça, é um lugar lindo, que tem tudo, que te oferta oportunidades de viver e crescer”, finaliza.

» Roberto e os filhos, Jhones, que mora em Vitória, e o Pablo e o Adriano, que são suíços