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Sinfônica do Espírito Santo divide palco com Banda de Congo Tupiniquim na estreia da Série ‘Povos Originários’

Um grande encontro entre a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses) e a Banda de Congo Tupiniquim está marcado para acontecer no próximo dia 10 de agosto, às 19h, na Aldeia Indígena de Caieiras Velha, em Santa Cruz, Aracruz. Novidade nesta temporada, a Série Povos Originários promete um momento de troca de experiências, musicalidade e saberes entre os integrantes da banda e os músicos da Orquestra.

Sob a regência do maestro Helder Trefzger, o repertório mescla canções clássicas com temáticas indígenas e finaliza com a toada Oré Tupinakya, de autoria de Jocelino Tupinikim.

O encontro será uma oportunidade de fortalecimento da cultura, memória e das raízes da comunidade dos povos originários, proporcionando o enriquecimento às diversas manifestações artísticas, resultando em um momento único de celebração musical e cultural entre os músicos da Orquestra Sinfônica e os integrantes da Banda de Congo Tupiniquim.

Conheça as canções

Antônio Carlos Gomes (1836-1896), um dos mais importantes compositores brasileiros, com carreira de destaque na Europa, teve suas óperas apresentadas no Teatro Alla Scala de Milão. A sua ópera O Guarani, de 1870, obteve um sucesso que repercutiu por toda a Europa. Em 1871, ele compôs a Protofonia, que condensa os temas mais importantes da ópera.

O compositor italiano Ennio Morricone (1928-2020) foi um dos mais destacados compositores de trilhas sonoras para filmes de todos os tempos. Em 1986, ele escreveu a trilha para o filme “A Missão”, dirigido por Roland Joff é com Robert de Niro e Jeromy Irons, cuja ação se passa na América do Sul, na terra dos Guaranis. A cena do oboé de Gabriel mostra o momento do encontro entre o padre jesuíta e os povos originários Guaranis. A música se torna um elemento de conexão entre eles.

Jaceguay Lins (1947-2004) foi um compositor pernambucano que viveu no Espírito Santo e desenvolveu uma importante carreira, com seu estilo único e inovador, tendo sido, inclusive, maestro da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo. Guananira (maneira pela qual os povos originários se referiam à ilha de Vitória e que significa Ilha do Mel) é uma obra que foi composta em 1995 para a abertura oficial do Prêmio Guananira de Música Capixaba e foi dedicada ao jornalista Rogério Medeiros. Nela, Jaceguay Lins faz a junção da música moderna com o congo do Espírito Santo.

Waldemar de Almeida (1904-1975) foi um grande pianista potiguar, importante figura na história da música norte-rio-grandense, responsável pela formação de muitos músicos em Natal e também no Recife. Sua Dança Indígena foi escrita para piano com base em temas rítmicos do tradicional folguedo caboclinhos, presente na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, foi gravada pela Orquestra Armorial em 1979.

A canção Ero Tori, da tradição guarani-kaiowá, aqui em um arranjo do maestro Eduardo Martinelli, significa “eu sou feliz”. Tangará Mirim é uma música cantada na língua guarani composta pelo indígena Wanderley Moreira (Mborai Marae). Tangará mirim significa pequeno tangará, que é um pequeno pássaro da Mata Atlântica, sagrado para os guaranis.

A toada Oré Tupinakya é de autoria de Jocelino Tupinikim, da Aldeia Indígena de Caieiras Velha, em Aracruz. A canção fala sobre o povo tupinikim, guerreiro na luta pelo território, mas com a ajuda do criador a quem eles louvam pela força de suas conquistas.

Redes sociais:
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www.youtube.com/sinfonicaes

 

Serviço:
Série Povos Originários
Data: 10 de agosto
Hora: 19h
Local: Aldeia Indígena de Caieiras Velha, em Aracruz
Entrada gratuita
Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo – Oses
Helder Trefzger, regente
Participação especial: Integrantes da Banda de Congo Tupiniquim

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